“É importante dizer que estamos extremamente felizes por viver este momento. Estamos ansiosos por disputar este jogo. Vamos defrontar um adversário muito difícil. O Rangers eliminou o Dortmund e também venceu o Estrela Vermelha, que fez parte do nosso grupo. Queremos fazer uma noite à Braga, com muito apoio dos adeptos no estádio. Nós vamos fazer o nosso papel dentro do campo. Estando no nosso melhor, temos hipóteses de vencer. É isso que vamos tentar fazer amanhã”.

Primeira mão em casa: “Em casa ou fora, isso porque importa agora os golos fora deixaram de valer a dobrar. As equipas têm de jogar de peito feito nas duas mãos, pelo que será 50/50 para cada equipa. Temos uma ligeira vantagem por jogarmos primeiro em casa, talvez de 50, 01%. Temos é que estar a top nas duas mãos para passarmos esta eliminatória”.

A baixa de Morelos no Rangers e o dérbi de Glasgow a que assistiu: “As ausências são sempre importantes nas equipas. Nós também não podemos contar por exemplo com o Sequeira, que nos obrigou a mudanças táticas. Foi bom ir ver o jogo entre o Rangers e o Celtic, foi bom sentir a parte emocional. Foi bom para confirmar a enorme a capacidade do Rangers e também algumas debilidades. A análise acabou por ser extremamente positiva”.

A equipa joga quase de olhos fechados segundo Fransérgio e a afirmação dos jovens: “Vencemos o Mónaco e também foi importante a posterior vitória em Portimão. Esta equipa é jovem e sempre disse que ia evoluir com tempo. Alguns jovens não tinham a experiência de jogar este tipo de partidas europeias, precisavam de jogar e, de facto, têm ganhado experiência. Por outro lado, perdemos um núcleo grande de jogadores que estavam habituados a jogar à quinta-feira e ao sábado ou domingo. Perdemos esse o núcleo duro de jogadores e emergiram outros. Inicialmente denotaram algumas dificuldades, mas depois evoluíram muito e agora pode-se falar numa maturidade de jogo. É fácil identificar as nossas equipas. A forma de jogar do Rio Ave há dois anos e a atual do Braga não é muito diferente”.

O que viu em Glasgow deixou-o otimista? “Otimista não, mais realista. Estou à espera de uma equipa compacta, sólida, com um modelo em 4x2x3x1, com médios bons, uma defesa muito sólida e um guarda-redes muito consistente. É uma equipa difícil de ser batida. Tem muitas virtudes e algumas lacunas que vamos tentar explorar ao máximo, de modo a ficarmos em vantagem na eliminatória”.

A melhor casa da época em perspetiva: “Temos que fazer o nosso papel, tentando ser melhores do que o adversário. Já os adeptos do Braga terão a difícil tarefa de tentar abafar o som dos adeptos do Rangers, que, no entanto, são bem-vindos a Braga. Tiveram um comportamento incrível na partida com o Celtic e a proximidade entre os adeptos dos dois clubes até era grande. Apesar disso, não houve distúrbios. Esperamos que os nossos adeptos sejam mais ruidosos do que os do Rangers”.

Peso dos últimos resultados do Rangers (derrota com o Celtic por 2-1) e Braga (vitória sobre o Benfica por 3-2): “Conheço bem a mentalidade das equipas britânicas. Não são muito de ficar a chorar sobre o leite derramado, não têm a nossa dinâmica de imprensa e de redes sociais como temos em Portugal e que mexe muito com os jogadores. Normalmente reagem bem aos maus resultados. Nós temos é que estar a top, encarar o jogo com muita ambição, com vontade de ganhar o jogo”.