Já há data para Zelensky falar na Assembleia da República

Data foi confirmada esta quarta-feira pela TSF. Presidente ucraniano vai, assim, tornar-se no primeiro chefe de Estado de um país a discursar por videoconferência no nosso Parlamento no próximo dia 21 de abril.

á há data (e hora) para Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, falar na Assembleia da República, por videoconferência. Será a 21 de abril, às 15h00.

A data foi anunciada aos deputados, durante a conferência de líderes, por Augusto Santos Silva, presidente do Parlamento, esta quarta-feira, revela a TSF.

Zelensky vai, assim, tornar-se no primeiro chefe de Estado de um país a discursar por videoconferência no nosso Parlamento. De recordar que o chefe de Estado ucraniano tem vindo a intervir em Assembleias de diversos países, assim como nas Nações Unidas e nos prémios Grammy. 

De recordar que, no passado dia 6, a porta-voz da conferência de líderes, a socialista Maria da Luz Rosinha, adiantou que a proposta de sessão parlamentar por videoconferência com o Presidente da Ucrânia teve a oposição do PCP – o único partido, aliás, a fazê-lo. “A decisão foi tomada por maioria, com a oposição do PCP. A data em que acontecerá essa sessão ficou dependente do convidado”, adiantou, na altura, asseverando que a expectativa é que a intervenção ocorresse semana entre 18 e 22 deste mês.

Num esclarecimento aos jornalistas, Paula Santos, líder parlamentar do PCP referiu que “a Assembleia da Republica, enquanto órgão de soberania deve ter um papel institucional, não para contribuir para a escalada da guerra” e esse era o motivo do PCP “não ter acompanhado” a proposta apresentada pelo PAN.

Paula Santos esclareceu ainda que “estas sessões, ao longo dos últimos anos, têm sido muito limitadas e têm sido sempre na sequência da realização de visitas institucionais ao nosso país, coisa que neste caso concreto não ocorre”, salientando que, na visão do PCP, “o papel da Assembleia da Republica deve ser para encontrar uma solução negociada para a resolução deste conflito e para o desarmamento, acrescentando que a “proposta que está em cima da mesa não vai ao encontro desses objetivos”.