DGS admite antecipar quarta dose para maiores de 80 anos “se houver motivo para isso”

Graça Freitas explica que a data será decidida em função da evolução da doença, sendo que a antecipação será feita se houver uma quarta vaga da doença antes do outono.

A diretora-geral da Saúde admite que a data para administrar a quarta dose da vacina contra a Covid-19 a maiores de 80 anos pode vir a ser antecipada.

Na segunda-feira, a ministra da Saúde anunciou que o reforço seria administrado entre o final de agosto e o início de setembro. À entrada para a conferência sobre sustentabilidade em saúde da TSF/DN, em parceria com a ABBVIE, Graça Freitas adiantou que a antecipação da data pode ser decidida se houver uma quinta vaga da doença antes do outono.

“A DGS e a comissão técnica de vacinação contra a Covid estão disponíveis para propor à nossa tutela alterações a este plano se houver motivo para isso, ou seja, se nós observarmos um aumento do número de casos, poderemos antecipar a quarta dose. Se não, vamos fazê-la no outono, porque, previsivelmente, vamos ter uma vaga no inverno e é para atuar sobre essa vaga que nós queremos dar a quarta dose e não podemos estar a dar a quarta dose muito distante da previsão dessa vaga”, explicou.

Já sobre os casos de hepatite infantil que estão a ser detetados em vários países, Graça Freitas garantiu que a DGS está atenta ao possível surgimento da infeção em Portugal.

“A DGS tem um organismo que é destinado a situações de alerta e à resposta a estas situações. No âmbito desse organismo constituiu uma task force, que prevê várias coisas. Primeiro, captar toda a informação disponível e disseminar alertas pelos profissionais de saúde para que possam estar atentos ao possível aparecimento de um caso. Se aparecer um caso deverá ser de imediato notificado, há um formulário próprio para essa notificação e, naturalmente, as autoridades de saúde procederão também de imediato à investigação epidemiológica para tentar encontrar uma causa ou uma cadeia de transmissão. Em função destes níveis de ativação, o doente, se surgir um caso suspeito, será encaminhado para os cuidados que necessitar, incluindo, se for necessário, internamento”, afirmou.