Portugal será o país que mais crescerá na UE em 2022 (e inflação acelera)

Bruxelas está mais otimista relativamente ao PIB português. A previsão para a taxa de inflação também foi revista em alta face às anteriores projeções.

Comissão Europeia está mais otimista e vê o produto interno bruto (PIB) português a crescer 5,8% este ano, o que significa uma revisão em alta face às anteriores projeções. A taxa de inflação, também revista em alta, deverá fixar-se nos 4,4% em 2022, segundo as previsões económicas de primavera, divulgadas esta segunda-feira

Na anterior previsão, divulgada a 10 de fevereiro, a Comissão Europeia estimava que o PIB português registasse um acréscimo de 5,5% este ano. A perspetiva para a taxa de inflação era de 2,3%. 

O relatório da Comissão Europeia assinala que “as perspetivas de crescimento permanecem favoráveis, apesar dos desafios relacionados com os preços das ‘commodities’, das cadeias de abastecimento globais e maior incerteza na procura externa”.

Com a taxa estimada para este ano, Portugal será o país que mais vai crescer em 2022, de acordo com as previsões da Comissão Europeia: 

Growth forecast for 2022 (%):

🇵🇹 5.8
🇮🇪 5.4
🇲🇹 4.2
🇪🇸 4.0
🇦🇹 3.9
🇸🇮 3.7
🇵🇱 3.7
🇭🇺 3.6
🇬🇷 3.5
🇭🇷 3.4
🇳🇱 3.3
🇫🇷 3.1
🇪🇺 2.7
🇷🇴 2.6
🇩🇰 2.6
🇮🇹 2.4
🇱🇺 2.2
🇸🇪 2.3
🇸🇰 2.3
🇨🇾 2.3
🇧🇬 2.1
🇱🇻 2.0
🇧🇪 2.0
🇨🇿 1.9
🇱🇹 1.7
🇩🇪 1.6
🇫🇮 1.6
🇪🇪 1.0

Spring #ECForecast ↓— European Commission 🇪🇺 (@EU_Commission) May 16, 2022

Relativamente ao próximo ano, Bruxelas vê o PIB português a crescer 2,7%, ao passo que a taxa de inflação deverá cifrar-se nos 1,9%. 

A Comissão Europeia também melhorou em 1,5 pontos percentuais (p.p.) as previsões para o défice português, esperando um saldo negativo das contas públicas de 1,9% este ano, em linha com o previsto pelo Governo.

Nas previsões macroeconómicas de primavera, Bruxelas prevê um défice de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, abaixo dos 3,4% estimados no outono, revelando-se também mais otimista sobre o desempenho orçamental em 2023, ao esperar um défice de 1%, quando anteriormente previa um saldo negativo de 2,8%.

A previsão do défice dos técnicos da Comissão Europeia está, assim, em linha com a do Ministério das Finanças para este ano, subjacente à proposta do Orçamento do Estado.