Câmara reitera à ACTG que pedonalização no Centro Histórico é para avançar em 2023

A pedonalização do Centro Histórico e de outras ruas da Cidade é para avançar no próximo ano. A intenção do Município foi reiterada aos representantes da Associação do Comércio Tradicional de Guimarães numa reunião realizada ontem.

Em declarações ao Grupo Santiago, a Presidente da ACTG afirmou que “foi transmitida a garantia de que o «corte» não será efectuado em 2022, mas só em 2023”.

Cristina Faria diz ter reiterado a posição da ACTG de que avançar para a pedonalização implica a necessidade de “criar serviços e bolsas de estacionamento”, sendo que o parque de Camões, “pelo seu tamanho e nível de ocupação não é solução e o que nos foi dito é que não vão ser criados serviços nem bolsas de estacionamento, aconselharam a estacionar no Estádio”.

Cristina Faria reitera que cerca de 98% dos comerciantes estão contra este processo e antecipam o fecho de muitos estabelecimentos. No entanto, na reunião de ontem foi reiterado que há um conjunto de ruas que vão ser pedonalizadas no próximo ano: Alameda de S. Dâmaso (norte) e Largo do Toural (norte), Rua de Santo António e todo o Centro Histórico.

Segundo Cristina Faria, a Câmara sustenta a sua decisão em “estudos que dizem que as ruas ficarão bonitas, que se deve dificultar a passagem dos carros, mas não foi feito nenhum estudo para saber por onde o trânsito vai circular, nem nenhum estudo sobre as consequências económicas para as lojas”.

Realizada a reunião com a Câmara, a Presidente da Associação do Comércio Tradicional de Guimarães considera que os comerciantes têm motivos para preocupação quanto ao seu futuro porque entre os comerciantes “ninguém está pronto para morrer”.
“Estamos muito preocupados. Sabemos que a intenção da Câmara é firme. O senhor Presidente tinha dito que não faria o «corte» sem a concordância da maioria dos comerciantes e sabemos que isso não vai acontecer, o «corte» está decidido e nós temos que reunir. Vamos agora trabalhar o Natal e para o ano cá estaremos para reunir e decidir o que vamos fazer e os comerciantes é que irão decidir, como é lógico”.