Valores da inflação já estão a ter impacto nos salários.
A remuneração bruta total mensal média por trabalhador aumentou 4,0%, para 1.353 euros, no 3.º trimestre de 2022, divulgou o INE, esta quinta-feira. Contudo, em termos reais verificou-se uma diminuição de 4,7%, por causa da inflação.
“A remuneração bruta total mensal média por trabalhador (por posto de trabalho) aumentou 4,0% no trimestre terminado em setembro de 2022 (3.º trimestre do ano), em relação ao mesmo período de 2021, para 1.353 euros. Em termos reais, tendo como referência a variação do Índice de Preços do Consumidor, a remuneração bruta total média diminuiu 4,7%“, pode ler-se no comunicado do INE.
Importa lembrar que a taxa de inflação terá acelerado para 10,2% em outubro, aquele que é o valor mais elevado desde maio de 1992, de acordo com a estimativa rápida do INE.
Onde é que se verificaram os maiores aumentos? E os menores?
Em relação setembro de 2021, os maiores aumentos da remuneração total foram observados nas atividades de Educação (7,1%), nas empresas de 1 a 4 trabalhadores (6,6%), no setor privado (4,9%) e nas empresas de Serviços de alta tecnologia com forte intensidade de conhecimento (6,4%).
“Não foram observadas variações negativas da remuneração total, tendo as menores variações homólogas sido observadas nas atividades de Administração Pública e Defesa; Segurança Social Obrigatória (secção O; 0,5%), nas empresas com 500 ou mais trabalhadores (1,8%), no setor das Administrações Públicas (2,0%) e nas empresas de Serviços financeiros com forte intensidade de conhecimento (0,8%)”, pode ler-se.
Estes resultados, diz o INE, abrangem 4,5 milhões de postos de trabalho, correspondentes a beneficiários da Segurança Social e a subscritores da Caixa Geral de Aposentações.