A pandemia pode estar na origem destas mudanças que afastam Porto e Lisboa do pódio, para o 4.º e 6.º lugares, respetivamente
Braga, Leiria e Viseu são os distritos portugueses onde se fala melhor inglês. Porto e Lisboa saem, este ano, do pódio, diretamente para o 4.º e 6.º lugares, respetivamente. Já a nível de cidades, Braga lidera o ranking, seguida por Coimbra e pelo Porto, conclui a Education First (EF), que analisou os dados de mais de 2,1 milhões de falantes não nativos de inglês, em 111 países e regiões. É a primeira vez, desde que se publica este estudo, que Lisboa e Porto não lutam pelo primeiro lugar na lista de cidades portuguesas onde melhor se fala inglês. A cidade Invicta tinha arrecadado esse título nos últimos três anos. A pandemia pode estar na origem destas mudanças.
“Os resultados deste ano refletem os impactos da pandemia. Desde um preocupante declínio na proficiência em inglês por parte dos mais jovens até à elevada proficiência fora dos grandes centros urbanos, o que acarreta implicações no trabalho remoto. É um relatório que espelha histórias de progressos notáveis e retrocessos desencorajadores”, comenta a coordenadora do estudo, Kate Bell.
A proficiência em inglês em Braga (640 pontos) equipara-se com as melhores capitais do mundo: Amesterdão (673 pontos) e Copenhaga (664 pontos). Coimbra ocupa o 2.º lugar do pódio das cidades, com 631 pontos, e o Porto o 3.º, com 630 pontos. Aveiro e Lisboa, ambas com 622 pontos, fecham o top 5.
Na classificação por distrito, Leiria, Braga e Viseu — que formam o pódio — arrecadaram 636, 631 e 630 pontos, respetivamente. Porto (629 pontos) e Aveiro (624 pontos) completam o top 5, enquanto Lisboa aparece apenas na sexta posição do ranking, com 622 pontos.
Portugal desce duas posições, para o 9.º lugar
No geral, este ano os resultados das provas dos portugueses foram piores do que no ano passado. Portugal baixou 11 pontos no índice que avalia a proficiência na língua inglesa e caiu dois lugares, ocupando agora o 9.º lugar, ultrapassado pela Suécia (7.º) e pela Finlândia (8.º). Ainda assim, o país lusitano mantém o estatuto de “Proficiência Elevada”, que conquistou, pela primeira, vez há três anos.