O presidente da Câmara de Espinho, Miguel Reis, foi detido, esta terça-feira. Além do autarca foram detidos um funcionário e três empresários. Há suspeitas de corrupção em licenciamentos e negócios imobiliários e hoteleiros envolvendo dezenas de milhões de euros. O ex-presidente da autarquia, Joaquim Pinto Moreira, também foi alvo de busca.
Miguel Reis assumiu a presidência do município de Espinho nas últimas autárquicas, em setembro de 2021, que devolveu o poder aos socialistas, após 12 anos de domínio social-democrata.
Além do presidente da Câmara, foram detidos um funcionário e três empresários. Estão indiciados pela prática dos crimes de corrupção ativa e passiva, prevaricação, abuso de poderes e tráfico de influências, avança a PJ através de comunicado. Foram executadas duas dezenas de buscas que visaram os serviços da Câmara, residências, de funcionários e empresas em Espinho e Porto.
O JN sabe que o atual vice -presidente da bancada parlamentar do PSD, Joaquim Pinto Moreira, que deixou a câmara de Espinho após três mandatos, também foi alvo de buscas por parte da PJ. Só não terá sido constituído arguido por ainda beneficiar da imunidade parlamentar, mas é um dos principais visados na operação.