Minhotos chegaram ao intervalo a vencer por 3-1 e marcaram mais um golo no segundo tempo, acabando por vencer por 4-1. Somaram o sétimo jogo seguido sem perder e ficam à espera do que Benfica e FC Porto podem fazer nesta ronda.

O SC Braga segue de vento em popa na I Liga 2022/23. Os minhotos não escorregaram na receção ao Portimonense, triunfando por claros 4-1, e sobem assim, à condição, ao 2.º lugar da tabela, com mais um ponto do que o FC Porto, que só joga amanhã, e a apenas três pontos do líder Benfica, que mais logo visita o Gil Vicente e com quem os arsenalistas medem forças na próxima jornada.

A equipa de Artur Jorge ganhou vantagem praticamente na primeira jogada do encontro. Musrati recuperou uma bola na entrada da área algarvia, Abel Ruiz combinou com Bruma, que devolveu ao espanhol e este, na cara de Kosuke, guarda-redes forasteiro, atirou para o primeiro golo do jogo.

O 2-0 surgiu pouco depois da meia hora de jogo, por Iuri Medeiros. O extremo bateu um livre fazendo a bola entrar rasteira junto ao poste direito da baliza do Portimonense, sem hipóteses para o guarda-redes contrário. E ainda houve tempo para o 3-0 antes do intervalo. Aos 38 minutos, livre lateral batido por André Horta e Niakaté a subir mais alto que os centrais algarvios e de cabeça a fazer o terceiro do Braga.

O Portimonense deu um ar da sua graça em cima do apito para o final do primeiro tempo. Welinton Júnior cruzou na direita, Yoni Gonzalez recebeu na área e assistiu Rui Gomes que atirou de primeira com a bola a desviar ainda no corpo de Paulo Oliveira e a trair Matheus, colocando o resultado em 3-1 ao intervalo.

O Braga, contudo, não tremeu com o golo sofrido em cima do intervalo e recolocou-se com três golos de vantagem a meio do segundo tempo. Niakaté recuperou uma bola, arrancou e deixou em Ricardo Horta, que tirou Park do caminho e fez o 4-1 final.

Os arsenalistas chegam desta forma aos 71 pontos na tabela, a quatro jornadas do fim da I Liga 22/23. FC Porto e Benfica têm 70 e 73, respetivamente, mas menos um jogo disputado. Quanto ao Portimonense, mantém o 13.º lugar e os 33 pontos, mas adiando com esta derrota o garantir matemático da permanência: encontra-se 11 pontos acima do 16.º posto, ocupado pelo Marítimo, com 12 pontos ainda por disputar.

Artur Jorge, treinador do Sp. Braga, em declarações na sala de imprensa, após a goleada por 4-1 aplicada ao Portimonense, numa partida da 30.ª jornada da Liga:


«O compromisso de todos os jogadores fez com que tivéssemos um jogo bem conseguido. Fomos mais eficazes na primeira parte do que na segunda. O golo aos dois minutos deu conforto para o restante desafio. Fizemos uma primeira parte de grande nível em termos de futebol jogado, atitude e comportamento dos jogadores. Fiquei muito satisfeito.

Gerimos um bocadinho mais o jogo em função do resultado. Houve algum ascendente do Portimonense no início da segunda parte, é justo dizê-lo. Fizemos alguns ajustes para recuperar esse ascendente e voltar a ficar por cima do jogo. Conseguimos o que queríamos que era ganhar.

Gerimos um bocadinho mais o jogo em função do resultado. houve ascendente do portimonense na segunda parte, fizemos alguns ajustes para recuperar ascendente e recuperar jogo por cima para materializar a vitória vai de encontro ao que queríamos: conquistar os três pontos.»

[Adeptos pediram o Braga campeão]:

«A mensagem é clara. Não acredito que os jogadores se desviem o que seja do nosso foco. Vamos dar o melhor em todos os jogos. Vamos disputar todos os jogos para ganhar seja onde for e contra quem for. Vamos ser competitivos para ganhar. Essa é a mensagem.

Ouvir os adeptos… em função do desempenho, da classificação e de uma vitória com uma boa exibição percebo que exista entusiasmo. É gratificante. Este é o nosso trabalho diário. Os adeptos voltaram a estar em grande número, é importante que estejam do nosso lado. Não podemos viver reféns de um bom trabalho. Temos de desfrutar. Ver as pessoas contentes e a terem ambição é um sinal que é partilhado com a equipa. A nossa missão é ganhar cada um dos jogos que temos pela frente.»

Paulo Sérgio, treinador do Portimonense, em declarações na sala de imprensa do estádio Municipal de Braga, após a goleada por 4-1 sofrida contra os bracarenses, numa partida da 30.ª jornada da Liga:

«Sem querer tirar mérito às qualidades que o Sp. Braga tem, tivemos uma entrada apática. Tivemos uma intensidade baixa com e sem bola. Ainda assim, criámos três ou quatro situações de golo. O problema foi que sem bola não nos sacrificámos nem colocámos o plano em funcionamento. A ideia era pressionar a construção do Sp. Braga e não deixar jogar.

O Sp. Braga foi muito pragmático. Chega ao primeiro golo num lance em que a bola passa pelo meio das pernas do atleta do Portimonense e deixa o Abel só. Houve sorte nesse momento. Depois, marcou um golo de livre direto e outro de livre lateral. Tivemos uma ocasião pelo Welinton, outra pelo Rui Gomes e outra bola ainda. Reduzimos para 3-1, mas o 3-2 é que daria uma perspetiva diferente para a segunda parte.

A segunda parte foi diferente. O que vou dizer aqui foi o que disse no balneário. Não podemos competir e querer mostrar as nossas capacidades e sem nos sacrificarmos uns pelos outros. O médio defensivo do Sp. Braga jogou sem pressão, teve sempre tempo para virar o jogo. A pressão não começou bem à frente e as jogadas acabaram em cima da nossa última linha. 

O nosso plano funcionou no segundo tempo e até acabámos o jogo com mais bola que o Sp. Braga. Houve muita qualidade da minha equipa no segundo tempo, mas o Sp. Braga já tinha feito o resultado da forma que fez. Os livres e as faltas laterais também contam. Não podemos defender esses lances como defendemos. 

Na segunda parte jogámos bastante bem, conseguimos pressionar e encurralar o Sp. Braga. Obrigámos o Sp. Braga a soltar a bola na frente.Tivemos foco, a concentração e o espírito de sacrífico para cumprir o plano na segunda parte ao contrário da primeira. Há muita coisa boa a reter no segundo tempo, mas deixámos uma imagem pálida na primeira parte.»