O Governo esclareceu esta terça-feira que “não há qualquer alteração das decisões tomadas ou sobre a continuidade das obras em curso”, depois de ter sido levantada a hipótese de o projeto ser revisto.
O Ministério do Ambiente esclareceu, esta terça-feira, que “não há qualquer alteração das decisões tomadas ou sobre a continuidade das obras em curso” relativamente à Linha Circular do Metro de Lisboa, depois de ter sido noticiado que o Executivo poderia ter mostrado abertura para rever o projeto.
“Sobre este assunto [Linha Circular], o Ministério do Ambiente e da Ação Climática esclarece que não há qualquer alteração das decisões tomadas ou sobre a continuidade das obras em curso”, diz a tutela, em comunicado enviado às redações.
O gabinete do ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, explica ainda que foi realizada uma reunião entre o presidente da Câmara de Lisboa, o presidente da Junta de Freguesia do Lumiar e a administração do Metro de Lisboa, com o objetivo de “explicar a razão das intervenções que têm gerado perturbações na circulação, bem como a sua planificação”.
“Foram também apresentados os esforços desenvolvidos para encontrar alternativas, em conjunto e em articulação com os operadores rodoviários, nomeadamente a Carris e a TML [Transportes Metropolitanos de Lisboa]”, pode ler-se.
No final do encontro, recorde-se, o presidente da Junta de Freguesia do Lumiar, Ricardo Mexia, disse que o ministro do Ambiente terá mostrado “disponibilidade para rever” o projeto da Linha Circular, perante as críticas e os constrangimentos apresentados.
“O senhor ministro manifestou disponibilidade para rever aquilo que é a solução definitiva, ou seja, aquilo que ao longo do tempo temos defendido, que a solução Linha Circular não é uma boa solução para a cidade, nomeadamente para os cidadãos da maior freguesia, que é o Lumiar”, revelou o presidente da Junta de Freguesia do Lumiar, na segunda-feira, em declarações à CNN Portugal.
Agora, na nota divulgada, o Governo explica ainda que, “em devido tempo, foi decidido estender a linha Amarela do Rato ao Cais do Sodré na linha Verde, criando a possibilidade de construir uma Linha Circular na zona central da rede do Metro de Lisboa”.
“As intervenções em curso na estação do Campo Grande visam permitir a criação desta Linha Circular, sem colocar em causa a possibilidade de outros tipos de operação, como o funcionamento habitualmente designado pela expressão ’em laço’ ou a combinação destes tipos de funcionamento”, pode ainda ler-se.
Esta decisão sobre o “modelo de operação, simples ou combinado, será definida a seu tempo pela Metro de Lisboa, suportada pelos estudos de procura e de operação que o fundamentarão”.