Treinador português garante não estar “minimante preocupado” com o futuro, mas lembra que já saiu de clubes com os quais tinha contrato por cumprir.
Luís Castro abordou, esta quarta-feira, o interesse do Al Nassr, clube saudita no qual poderá orientar Cristiano Ronaldo. Em entrevista à Rádio Globo, o treinador português do Botafogo não confirmou se existe, de facto, uma proposta para rumar à Arábia Saudita, mas lembrou que nem sempre cumpriu na totalidade os contratos nos clubes que orientou na carreira.
“Não quero falar sobre o tema, até porque temos jogo depois de amanhã, e depois temos o duelo frente ao Palmeiras. Uma coisa sei: o meu agente foi sempre a pessoa que tratou do meu futuro enquanto treinador. Eu nem me preocupo com o tema, nem me preocupo minimamente. Trabalho o dia a dia de cabeça limpa e é isso que vou continuar a fazer”, começou por dizer Luís Castro, prosseguindo.
“Nem sempre cumpri os meus contratos, a verdade tem que ser dita. Quando estava no Chaves tinha dois anos de contrato e interrompi a meio, porque o Vitória SC pagou a cláusula de rescisão. Foi uma negociação entre os clubes. O presidente do Chaves entendeu que eu deveria seguir o meu caminho num clube com projeção de Liga Europa. No Vitória SC atingimos o objetivo, colocamos a equipa na Liga Europa, e entre o primeiro e o segundo ano o Shakhtar apareceu. O Vitória SC entendeu tudo que tinha feito e que devia deixar-me ir para uma equipa de Champions. Houve um entendimento entre os clubes e sai”, explicou o treinador português que, deixando mais uma garantia.
“Saí sempre bem, com acordo entre clubes. Saí por três vezes a meio do contrato. Do que se fala hoje, é natural que todos aqueles que fazem seu trabalho bem sejam solicitados no mercado. Muitas vezes o trabalho não está ligado só a resultados. Talvez por isso, pelo meu trajeto, há interesse aqui e ali pelo meu trabalho”, frisou Luís Castro.