O Benfica conquistou hoje a sua 9ª Supertaça Cândido de Oliveira em futebol, ao vencer o FC Porto por 2-0, em jogo disputado no Estádio Municipal de Aveiro.

O clássico terminou com a vitória dos “encarnados” sobre os “dragões”, em Aveiro. O Benfica já não vencia o FC Porto para esta competição há quase 40 anos.

O Benfica – vencedor do campeonato nacional passado – e o FC Porto – vencedor da Taça de Portugal – encontraram-se, em Aveiro, para a Supertaça, naquele que prometia ser um duelo intenso.

Os “encarnados” alinharam de início com Odysseas Vlachodimos, Alexander Bah, Nicolás Otamendi, António Silva, Mihailo Ristic, Orkun Kokçu, João Neves, João Mário, Ángel Di María, Fredrik Aursnes, Rafa Silva.

Já os “azuis e brancos” iniciaram a partida com Diogo Costa, Pepê, Pepe, Iván Marcano, Zaidu Sanusi, Marko Grujic, Otávio, Stephen Eustáquio, Mehdi Taremi, Danny Namaso, Wenderson Galeno.

Logo no primeiro minuto, Galeno correspondia a um passe de Eustáquio e, dentro de área, rematava de forma perigosa contra a baliza rival.

Já aos 13 minutos, Taremi aparecia isolado em frente à baliza de Vlachodimos, mas acabaria por vacilar.

A primeira parte prosseguia bastante nivelada com oportunidades para ambos os lados, no entanto, nenhuma flagrante. Até ao minuto 45, o jogo estava a ser travado com bastante intensidade, mas com muitas indecisões.

A primeira parte terminava com variadas faltas e vários cartões amarelos – quatro para o Benfica e três para o FC Porto.

Benfica entrou em campo na segunda parte com duas alterações

O segundo tempo começava com duas alterações no lado “encarnado”: saíam João Mário e Ristic e entravam Jurásek e Musa. O festival de cartões amarelos prosseguia e ao minuto 55 os “dragões” já tinham mais três atletas amarelados.

No arranque do segundo tempo, o Benfica encontrava-se por cima do encontro. As substituições revelavam-se frutíferas.

Sem grandes surpresas, aos 61 minutos, Di María, assistido por Kokçu, inaugurava o marcador e fazia o seu 16º golo de águia ao peito.

 Di María e Kokçu celebram o primeiro golo do jogo.
Di María e Kokçu celebram o primeiro golo do jogo. PAULO CUNHA

Quatro minutos depois, Sérgio Conceição decidia retirar Namaso e Eustáquio e colocar em campo Romário Baró e Toni Martínez.

Musa saltou do banco para ampliar vantagem

No entanto, aos 68, os comandados de Roger Schmidt voltavam a introduzir o esférico na baliza adversária, desta vez por intermédio de Musa, assistido por Rafa Silva.

Aos 90 minutos, Pepe era expulso por agressão a Jurásek. O juiz da partida ainda iria ao VAR, mas a decisão acabaria por se confirmar.

O FC Porto não baixava os braços e continuava a batalhar. Eis que aos 93 minutos, Galeno tirava “um coelho da cartola” e rematava do meio da rua, fazendo assim o 2-1. No entanto, o árbitro viria a anular o golo por mão na bola de Gonçalo Borges no lance anterior.

Aos 97, Conceição via ordem de expulsão por protestos, mas recusava-se a abandonar o campo, obrigando as forças de autoridade a dirigirem-se ao corpo técnico dos “dragões”.

Momento em que Sérgio Conceição confronta o árbitro Luís Godinho.
Momento em que Sérgio Conceição confronta o árbitro Luís Godinho.DIOGO CARDOSO

Após cerca de 15 minutos para lá dos 90, a partida chegaria assim ao fim com o marcador a assinalar 2-0. A festa foi vermelha e branca naquela que foi a 9ª conquista da Supertaça por parte do clube da Luz.

O treinador do Benfica, Roger Schmidt, na conferência de imprensa no Estádio Municipal de Aveiro, após a vitória dos encarnados sobre o FC Porto (2-0) na Supertaça:

«É um troféu. Este título vai ficar para sempre. Foi o que disse aos jogadores antes do jogo. Quando olhares para a tua carreira só vais falar de troféus. É só a Supertaça, não é o troféu mais importante, mas quando jogas contra um grande rival, uma equipa muito boa como o FC Porto, o valor da Supertaça é maior. Foi um jogo de futebol muito bom, uma primeira parte muito difícil para nós, o FC Porto esteve bem, pressionaram-nos alto, jogaram com muita intensidade. Tivemos problemas em encontrar soluções, mas o que aprecio é que os meus jogadores mostraram a qualidade para sofrer nestes momentos e defender junto a área.

Depois da primeira meia hora, melhorou e, depois do intervalo, mudou completamente. Jogámos no meio-campo deles, fomos bons na pressão, ganhámos bolas e não lhes demos mais momentos no ataque. Criámos e usámos as nossas chances, fomos eficientes e estou orgulhoso dos meus jogadores.