Arsenalistas estiveram em inferioridade numérica desde os 56 minutos, após expulsão de Niakaté.
O Sporting de Braga e o Gil Vicente empataram hoje em um emocionante jogo da nona rodada da I Liga de futebol, que terminou com um placar de 3-3 e foi caracterizado por muitos gols e mudanças na liderança.
O Gil Vicente, que vinha de uma derrota por 4-2 em Chaves, conseguiu uma vantagem de 2-0. Isso ocorreu graças aos gols de Baturina aos 21 minutos e de Maxime Dominguez aos 58, marcado em um pênalti que resultou na expulsão direta do defensor do Braga, Niakate.
Apesar da desvantagem de dois gols, o Braga, que vinha de três vitórias consecutivas e tinha a oportunidade de alcançar o terceiro lugar ao lado do Vitória de Guimarães e do FC Porto com uma vitória, não se deixou abater. Eles conseguiram virar o jogo com gols de Banza aos 71 minutos e André Horta aos 78 e 82 minutos. No entanto, o Gil Vicente ainda teve forças para chegar ao empate com um gol de Roan aos 89 minutos.
Artur Jorge: «Tendo em conta o contexto do jogo, temos de aceitar o empate»
Artur Jorge, o treinador do Sporting de Braga, expressou sua insatisfação com o resultado em sua coletiva de imprensa após o empate por 3-3 contra o Gil Vicente. Ele explicou que a equipe estava em busca de outra vitória na Liga, mas as circunstâncias do jogo resultaram apenas em um ponto.
Jorge reconheceu que a primeira parte da equipe esteve abaixo do esperado, lutando contra as condições difíceis do terreno pesado. Na segunda metade do jogo, eles ajustaram sua estratégia, tentando colocar um jogador mais próximo da linha de ataque para melhorar a capacidade de disputar as segundas bolas. A equipe mostrou uma grande atitude e caráter, especialmente considerando que estavam em desvantagem numérica, e conseguiu reverter a situação de forma meritória. No entanto, no momento mais inesperado, sofreram o empate, o que levou à divisão de pontos.
Artur Jorge também destacou o caráter da equipe e seu compromisso, mesmo em um momento desafiador. Eles arriscaram tudo para buscar a vitória, e os jogadores demonstraram grande mérito na virada do jogo.
Quanto à escolha de jogar com Banza e Abel na frente, o treinador explicou que o objetivo era ter mais presença na área adversária. Eles acreditavam que isso poderia criar mais oportunidades com bolas diretas e cruzamentos na área, permitindo que dois finalizadores estivessem presentes para finalizar as jogadas construídas pela equipa.
Vítor Campelos: «Temos de crescer em termos emocionais»
Vítor Campelos, treinador do Gil Vicente, na sala de imprensa, após igualdade (3-3) frente ao Sp. Braga:
«Sabíamos que ia ser um jogo bastante competitivo. O Braga respeitou o Gil Vicente e, por isso, hoje dez jogadores que jogaram contra o Real Madrid foram titulares e demonstra a qualidade do Gil Vicente. Penso que nos adaptamos bem às condições climatéricas e creio que estávamos a fazer o 2-0 e ficar em superioridade.
Há coisa que nos custa a compreender em termos emocionais e controlo emocional. Precisamos de ter mais maturidade em termos emocionais e continuar com o mesmo rigor e concentração, estar atentos ao detalhe, ao pormenor. Num ressalto o Braga reduziu. Depois chegou ao empate numa bola parada, mas antes disso podíamos ter feito o 3-1.
O Braga conseguiu chegar ao 3-2 numa bola bombeada para dentro de área. Ainda tivemos a crença e alma de chegar ao empate e ainda tivemos oportunidade para chegar a vitória.
Estamos tristes, queríamos muito ganhar, contra um bom adversário. Temos de crescer como equipa e isto são dores de crescimento, contra uma equipa boa, madura e habituada a jogar contra equipas fortes. Dizemos um bom jogo, mas acho que devíamos ter ganho.
Devido ao número de oportunidades que tivemos, já depois do 2-1 e depois do 3-3, creio que seria uma vitória merecida, num jogo muito competitivo, em que o Braga deu boa réplica.
[o estado do terreno condicionou?] Apesar da intempérie, nós tentamos sair sempre a jogar, mais do que o nosso adversário, que optou por um futebol mais pragmático. Depois, consoante o terreno foi ficando degradado, também optamos por um futebol direto. No futebol não existem paragens técnicas como no futsal e, após o 2-0, tínhamos de continuar com os mesmos níveis de concentração. Creio que os golos, como os sofremos, também não tivemos uma pontinha de sorte. Temos de crescer em termos emocionais.
[exibição de Baturina] A cada semana ele está mais adaptado ao nosso futebol e a compreender aquilo que queremos. Ele tem qualidade, mas tem de ser mais combativo, mais pressionante, mais ligado ao jogo e tem de trabalhar mais para a equipa. Esperemos que continue a melhorar».