Desde as 00h00 até às 13h00, foram registadas um total de 146 ocorrências, distribuídas principalmente pela região Norte e Centro do país”, afirmou à Lusa Paulo Santos, oficial de operações da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
De acordo com a mesma fonte, “a área mais afetada foi a Área Metropolitana do Porto, com 28 ocorrências, e a região de Coimbra com 27”, sendo que a maioria dessas ocorrências está “relacionada com o vento, que já causou 55 quedas de árvores e 53 quedas de estruturas”.
O vento tem soprado “com uma intensidade até 85 quilómetros/hora”, tornando assim “visíveis as suas consequências”, acrescentou o comandante de serviço na ANEPC.
No entanto, Paulo Santos considerou que se trata de um número reduzido de ocorrências, para as quais “os diferentes agentes de proteção civil estão a fornecer as respostas necessárias”, e afirmou não ter “conhecimento de danos significativos ou situações de grande risco para a vida humana”.
O responsável admitiu, contudo, que com a acumulação da precipitação ao longo do dia, é natural que ocorram alguns deslizamentos de terra devido a infiltrações, mais árvores cederem e a formação de lençóis de água.
A ANEPC emitiu na quarta-feira um aviso à população devido ao risco de cheias e inundações devido à previsão de chuva nas 48 horas seguintes.
Este aviso baseia-se nas previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) de chuva, por vezes forte, especialmente no Minho e Douro litoral, vento com rajadas até 85 km/h, agitação marítima e a possibilidade de queda de neve nos pontos mais altos da Serra da Estrela.
Durante este período, podem ocorrer inundações em áreas urbanas, cheias, deslizamentos de terra e derrocadas, acidentes na costa devido à agitação marítima e formação de lençóis de água ou acumulação de gelo nas estradas.
Face a estas previsões, a Proteção Civil recomenda a adoção de comportamentos adequados e das principais medidas preventivas, “em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis”.
Especificamente, é recomendada a desobstrução dos sistemas de drenagem de águas pluviais, a fixação adequada de estruturas soltas e “especial atenção” na circulação junto a áreas arborizadas, junto à costa e a adoção de uma condução defensiva.