O Vitória SC enfrentou uma derrota este sábado em Vila do Conde, frente ao Rio Ave, por 2-1, num jogo marcado por momentos de equilíbrio e oportunidades de ambos os lados.

Joca abriu o marcador para a equipa da casa aos 37 minutos, seguido por Boateng, que ampliou a vantagem para 2-0 aos 56 minutos. Nuno Santos conseguiu reduzir para o Vitória nos momentos finais do jogo, aos 90+4 minutos, mas não foi o suficiente para evitar a derrota.

Para Álvaro Pacheco, treinador dos minhotos, o jogo foi caracterizado pela tática e equilíbrio, especialmente na primeira parte. Apesar de destacar a posse de bola e as oportunidades de golo do Vitória, Pacheco lamentou a falta de eficácia na finalização.

A derrota foi considerada injusta pelo treinador, que acredita que ambas as equipas não mereciam perder, mas ressaltou a importância de manter o foco nos objetivos futuros.

Com este resultado, o Vitória SC mantém-se com 60 pontos, ocupando o 5.º lugar na classificação. Por sua vez, o Rio Ave soma agora 35 pontos, encontrando-se na 9.ª posição, com uma vantagem confortável em relação à zona de despromoção.

Álvaro Pacheco, treinador do V. Guimarães, na sala de imprensa, após derrota por 2-1 frente ao Rio Ave:

«Quem está no futebol sabe que há sempre situações a acontecer e os grupos têm de estar imunes a isso e ser capazes de ultrapassar. Se fizermos a análise ao resultado, acho que é injusto. O Rio Ave faz dois remates à baliza e faz dois golos.

A primeira parte foi muito equilibrada, as equipas encaixaram-se de forma perfeita e a anularem-se. Numa das oportunidades que conseguimos criar marcamos, mas estava em fora de jogo e numa situação de meia distância, o Rio Ave foi feliz.

O golo teve uma importância muito grande no jogo, porque o Rio Ave baixou as linhas, conseguiu sair em transições e nós tínhamos de ir atrás do marcador. Jogámos contra uma grande equipa e contra um treinador que trabalha muito bem a equipa taticamente.

A equipa foi atrás daquilo que queríamos, que era fazer o golo. Tivemos uma oportunidade, não fizemos, mas mesmo assim empurramos o Rio Ave lá para trás e numa transição acabou por fazer o segundo.

Ainda assim, fomos atrás do resultado, o Handel teve hipótese de fazer o 2-1 e ia mudar o jogo. Mesmo assim o Nelson Oliveira quase marcava, numa grande defesa do guarda-redes, e não houve nenhum remate do Rio Ave à nossa baliza. O resultado foi definido pelos pormenores. O Vitória não merecia este resultado.

[o que disse ao intervalo] Na primeira parte foi muito equilibrado e tático e na segunda parte mudamos a nossa forma de pressionar. Quando a equipa está exposta, pode acontecer o que aconteceu. Quero é que os jogadores nunca percam a coragem de tentar o golo. Mas, mesmo assim, a atitude da equipa foi ir em busca do golo para reentrar no jogo.

Queria dar um abraço ao Jorge Leal, nosso fotógrafo, que antes do jogo se sentiu mal e teve de ser assistido no hospital, mas está fora de perigo».

Luís Freire, treinador do Rio Ave, na sala de imprensa, após vitória por 2-1 frente ao V. Guimarães:

«Representa um conjunto de emoções ao longo da época. Vimos de um ano complicado e não podemos esquecer que o clube foi impedido de inscrever jogadores durante 16 meses. Quando estávamos em último lugar, sei o quão difícil foi levantarmo-nos.

Foi um jogo tático, muito encaixado. Nós tentamos jogar na ansiedade no Vitória, mas não havia muitas oportunidades. Conseguimos dividir o jogo, até conseguimos circular, meter a bola na zona frontal e o Joca fez um grande golo. Com o golo a equipa ficou mais serena e confiante e a controlar bem o ataque à profundidade do Vitória.

Ao intervalo dissemos à equipa que tínhamos de ter bola e conseguimos ser competentes. Numa dessas bolas recuperadas, conseguimos definir bem e fazer 2-0. Depois o Vitória tentou chegar à frente, mas o Rio Ave esteve sempre controlado. No fim sofremos o 2-1, por isso fomos controlando emocionalmente para fazer a diferença. Há mérito nos jogadores, são 35 pontos, é um marco importante para o clube.

[bateu o recorde de jogos consecutivos sem perder] Focamos no que controlámos. Os outros resultados não controlamos e isso fez toda a diferença nestes dez jogos sem perder. Nós jogamos para ganhar, não para empatar e por jogar para ganhar é que empatamos muitas vezes. Se jogássemos para empatar, perdíamos. Empatamos com o Sporting, com o Porto, com o Braga, com o Arouca. Temos uma segunda volta fantástica e penso que tem mesmo de ficar na história. A nossa defesa é a melhor da segunda volta e temos de dar mérito aos jogadores por acreditarem na ideia».

Resumo do Jogo: