Braga Capital Portuguesa da Cultura 2025 Recebe 1 Milhão de Euros
A região Norte de Portugal beneficiará de um investimento significativo no setor cultural, com cerca de 50 milhões de euros provenientes do programa de fundos europeus Norte 2030, conforme revelado no Plano de Ação Regional, publicado esta sexta-feira. Braga, designada Capital Portuguesa da Cultura 2025, receberá 1 milhão de euros deste montante, de acordo com António Cunha, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).
Investimentos Estratégicos
António Cunha anunciou que os fundos estarão distribuídos em diversas áreas chave para a promoção e desenvolvimento cultural da região. “São os valores possíveis neste momento. São valores de referência, que poderão ou não ser reforçados, dependendo da dinâmica que o programa tenha”, afirmou o presidente da CCDR-N durante a apresentação realizada na Quinta de São Gens, em Matosinhos.
Prioridades de Financiamento
O Plano de Ação Regional especifica a alocação dos fundos em várias iniciativas:
- 27 milhões de euros para iniciativas âncora regionais, como as Rotas do Norte na Cultura.
- 10 milhões de euros para a Rede Regional de Museus de Identidade Territorial.
- 3 milhões de euros para iniciativas regionais de produtos turísticos e para o equipamento e reequipamento de infraestruturas culturais.
- 2 milhões de euros para o reforço e promoção do Sistema Regional de Cultura.
- 1 milhão de euros destinado à Braga Capital Portuguesa da Cultura 2025, certificação e valorização do artesanato local e regional, e salvaguarda e valorização do património cultural imaterial.
Plano de Ação Regional
Jorge Sobrado, vice-presidente da CCDR-N para a Cultura, esclareceu que o Plano de Ação Regional se divide em três programas principais: Norte Patrimonial, Norte Cultural e Norte Criativo. Embora reconheça que estas divisões não são estanques, serviram para organizar um conjunto de medidas divididas em cinco apostas estruturantes dentro de um total de 20 medidas.
As cinco medidas “especialmente transformadoras” incluem:
- Rotas culturais.
- Centros de criação.
- Rede de polos arqueológicos.
- Museus de identidade territorial.
- Aposta estruturante no cinema e audiovisual.
Importância do Plano
Segundo Jorge Sobrado, este plano representa um marco significativo, uma vez que há 16 anos que a região Norte não dispunha de um referencial de ação nem de um plano operativo estratégico para orientar investimentos nos setores do património e da cultura. “Essa conquista está feita”, salientou.
O sucesso da execução destes valores será crucial para a possibilidade de reforço dos fundos, conforme alertou António Cunha, destacando a importância de uma procura robusta e uma capacidade de execução eficiente para assegurar o pleno aproveitamento destes recursos.
