Projeto reúne artistas nacionais e internacionais, e leva cultura a todas as freguesias do concelho

A cidade de Braga prepara-se para se afirmar como a Capital Portuguesa da Cultura em 2025, com um programa ambicioso que abrange 18 projetos ao longo do ano, e um investimento total de 13,5 milhões de euros. A programação arranca a 25 de janeiro com um concerto inaugural da fadista Mariza e desenvolverá iniciativas culturais em várias áreas, de música e teatro a dança e exposições, com o envolvimento de artistas e coletivos de renome.

O presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, destacou, durante a apresentação do evento, que esta iniciativa não é apenas uma série de espetáculos, mas sim a continuidade de uma estratégia cultural de longo prazo, com raízes na candidatura de Braga a Capital Europeia da Cultura 2027. “Para nós, a Capital Portuguesa da Cultura não é um ato isolado, mas sim a evolução de um processo que reforça Braga como uma referência cultural a nível nacional e europeu”, afirmou.

A programação inclui estreias importantes para Braga, como a atuação da pianista Maria João Pires e o espetáculo do encenador Tiago Rodrigues, além de colaborações internacionais como a do arquiteto Manuel Bouzas e do coletivo musical Bang on Can All Stars. Em paralelo, a CPC 2025 aposta em projetos de comunidade, que aproximam artistas internacionais de coletivos locais, como a coreógrafa Allison Orr, que criará uma performance com trabalhadores da recolha de resíduos da cidade, e o escritor Ondjaki, que trabalhará com jovens bracarenses.

A recuperação do património é outro pilar deste projeto, incluindo a inauguração de requalificações emblemáticas como o Convento de São Francisco, o Centro Cultural Francisco Sanches e a Ínsula romana das Carvalheiras.

Uma iniciativa de largo alcance e apoio local e nacional

A CPC 2025 de Braga recebe cerca de dois milhões de euros de financiamento público, completados pelo orçamento municipal e por patrocinadores. O programa envolve ainda a colaboração de mais de 170 parceiros locais e 90 nacionais e internacionais, numa mobilização cultural sem precedentes para a cidade.

Joana Meneses Fernandes, administradora da empresa municipal Faz Cultura, destacou que parte dos projetos da CPC provêm da candidatura a Capital Europeia da Cultura, afirmando que esta “continuidade de programação” reflete a capacidade cultural e organizacional de Braga.

Braga, finalista na corrida a Capital Europeia da Cultura 2027, segue agora firme no propósito de afirmar a cultura como um motor do desenvolvimento e da qualidade de vida local, com uma programação que se estenderá a todas as freguesias, convidando a comunidade a participar neste “continuum” cultural.

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