Navios construídos em Viana do Castelo vão integrar a frota da Windstar, de Philip Anschutz

Mário Ferreira, empresário de cruzeiros e principal acionista da TVI, anunciou a venda de dois navios de luxo à Windstar, empresa do conglomerado liderado pelo bilionário norte-americano Philip Anschutz. A transação, que envolve os navios World Explorer e World Seeker, ambos construídos nos estaleiros de Viana do Castelo, está avaliada em cerca de 200 milhões de euros.

Apesar de um acordo de confidencialidade impedir a divulgação de detalhes específicos do negócio, Ferreira confirmou ao Jornal de Negócios que os navios foram vendidos, destacando a importância do investimento realizado em Viana. O World Explorer, que entrou em operação em 2019, passará para as mãos da Windstar em 2026, após cumprir compromissos já assumidos pela Mystic Cruises, uma das empresas de Mário Ferreira.

O World Seeker, atualmente em construção, será entregue em dezembro do próximo ano e já recebeu um novo nome: Star Seeker. Este navio, o quinto construído pelo empresário português nos estaleiros de Viana, passará por alterações significativas conforme exigido pelo novo proprietário. Segundo o relatório da Martifer, concessionária dos estaleiros, as modificações levarão a um aumento do valor contratual. A sua viagem inaugural está marcada para janeiro de 2026, quando zarpará de Málaga em direção a Miami, sede da Windstar.

Além disso, o World Explorer será rebatizado como Star Explorer e sofrerá alterações adicionais nos estaleiros de Viana para se adaptar às exigências da nova operadora. A Windstar Cruises faz parte da Xanterra Travel Collection, que controla um vasto império de cruzeiros e resorts situados em parques nacionais dos Estados Unidos. A Xanterra, por sua vez, é propriedade de Philip Anschutz, magnata que construiu a sua fortuna no setor petrolífero e é dono de equipas como o LA Galaxy e de eventos icónicos como o festival Coachella.

Mário Ferreira destacou que a venda representa um marco importante para a indústria naval portuguesa, sublinhando a capacidade dos estaleiros de Viana do Castelo para competir no mercado global de cruzeiros de luxo.