Figura marcante da Revolução dos Cravos faleceu aos 91 anos, deixando um legado histórico inigualável
Celeste Caeiro, a mulher que transformou o cravo no símbolo do 25 de Abril de 1974, faleceu hoje aos 91 anos. O seu gesto simples e espontâneo viria a marcar para sempre a história de Portugal.
Na altura da Revolução, Celeste tinha 40 anos e trabalhava num restaurante em Lisboa. Ao tomar conhecimento dos eventos que estavam a mudar o destino do país, dirigiu-se ao Chiado, curiosa e esperançosa. Ao encontrar um grupo de militares, a primeira reação foi de surpresa. Um dos soldados pediu-lhe um cigarro, mas Celeste, que nunca fumou, apenas tinha consigo cravos, que lhe tinham sido oferecidos no restaurante.
“Só tenho estes cravinhos”, respondeu, repartindo as flores pelos militares. Este pequeno gesto simbolizou a esperança, a paz e a liberdade, tornando o cravo um emblema imortal da Revolução. O ato de Celeste Caeiro não só coloriu aquele dia histórico, mas também deu um novo significado à luta pela liberdade e democracia em Portugal.
A memória de Celeste Caeiro viverá através do legado que deixou, perpetuando o espírito do 25 de Abril.