Líder da Iniciativa Liberal considera medida como “2,25 milhões de dias de trabalho perdidos” e questiona eficiência no setor público.
O líder da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, criticou na sexta-feira a proposta do Bloco de Esquerda (BE) para aumentar para 25 dias úteis de férias na Administração Pública. Através de uma publicação na rede social X (antigo Twitter), Rocha argumentou que a medida equivaleria a uma perda significativa de produtividade no setor público.
“O BE quer 25 dias de férias no público. Com 750 mil funcionários, são 2.250.000 dias de trabalho perdidos (equivalente ao trabalho de 10 mil pessoas a tempo inteiro)”, escreveu Rui Rocha.
O líder da IL questionou ainda as intenções do BE com esta proposta:
“Ou o BE quer deteriorar mais o serviço ou concluiu que há perto de 10 mil funcionários a mais”.
Contexto da Proposta
A medida foi originalmente apresentada pelo BE em maio, através de um projeto de lei debatido no Parlamento. A proposta defendia o regresso aos 25 dias úteis de férias anuais, um direito retirado durante o período de intervenção da ‘troika’, e a introdução de uma folga no dia de aniversário do trabalhador.
Além do BE, outros partidos como o PCP e o PAN apoiaram a iniciativa, propondo que os 25 dias úteis de férias fossem extensíveis a todos os trabalhadores, e não apenas aos da Administração Pública.
Argumentos e Críticas
Os partidos defensores da proposta alegam que a medida recuperaria um direito laboral retirado em tempos de austeridade e que contribuiria para o bem-estar dos trabalhadores, com potenciais reflexos positivos na produtividade a longo prazo.
No entanto, críticas como as de Rui Rocha sublinham os custos associados à perda de dias de trabalho e questionam o impacto que a medida teria na eficiência do setor público, já frequentemente alvo de debates sobre a sua produtividade e gestão de recursos.
Próximos Passos
A proposta do BE e os debates em torno de férias adicionais na Administração Pública continuam a alimentar a discussão política e pública, com opiniões divididas entre a necessidade de melhorar condições laborais e os custos associados para o Estado e para a economia.