Cerimónia celebrou a música e abordou temas como imigração, diversidade e direitos LGBTQ+
A 67.ª edição dos Grammys, realizada no domingo em Los Angeles, ficou marcada por momentos históricos e declarações políticas contundentes. Para além das atuações deslumbrantes, a gala prestou homenagem à cidade, afetada por incêndios devastadores, e contou com discursos de artistas que criticaram a administração do presidente dos EUA, Donald Trump.
Mulheres negras fazem história
Beyoncé conquistou finalmente o prémio de Álbum do Ano, tornando-se a primeira mulher negra a vencer nesta categoria no século XXI, com Cowboy Carter. Doechii, por sua vez, tornou-se apenas a terceira mulher a vencer o Grammy de Melhor Álbum de Rap. “Não deixem que vos digam que não podem estar aqui”, disse a rapper na sua mensagem inspiradora.
Críticas a Trump e ativismo no palco
Vários artistas usaram o palco para expressar opiniões políticas. Shakira dedicou o seu Grammy de Melhor Álbum Pop Latino aos imigrantes, enquanto Alicia Keys reforçou a importância da diversidade e inclusão. Lady Gaga destacou a necessidade de proteger os direitos das pessoas trans e Chappell Roan defendeu melhores condições na indústria musical.
Homenagem a Los Angeles e aos bombeiros
Apesar dos incêndios que atingiram o condado de Los Angeles, a cerimónia seguiu como uma homenagem à resiliência da cidade. Lady Gaga e Bruno Mars emocionaram com uma versão de California Dreamin’, e os Red Hot Chili Peppers lembraram Under the Bridge. O público aplaudiu de pé um grupo de bombeiros que entregou o prémio de Álbum do Ano a Beyoncé.
Nova geração da pop em destaque
Charli XCX, Sabrina Carpenter e Chappell Roan foram algumas das jovens estrelas em ascensão que brilharam na noite, com atuações vibrantes e premiadas.
Tributo a Quincy Jones
A cerimónia incluiu ainda uma homenagem ao lendário produtor Quincy Jones, com performances de Stevie Wonder, Herbie Hancock e Janelle Monáe, que encerrou o tributo com um ‘moonwalk’ ao som de Don’t Stop ‘Til You Get Enough.
Os Grammys 2025 foram muito mais do que uma simples celebração da música – foram um palco para arte, ativismo e homenagem à resiliência de Los Angeles.