Presença de familiares de Manu marcou homenagem silenciosa após crime violento junto ao Bar Académico

O partido CHEGA promoveu, na noite desta segunda-feira, uma vigília silenciosa junto ao Comando Distrital da PSP, no Largo de Santiago, em Braga, reunindo cerca de 300 pessoas. A iniciativa surge na sequência da morte de Manuel Gonçalves, conhecido como Manu, um jovem de 19 anos que foi esfaqueado mortalmente na madrugada de sábado, nas imediações do Bar Académico. O partido responsabiliza a “imigração descontrolada” pelo que considera ser o agravamento dos níveis de insegurança na cidade.

Filipe Melo, presidente da Distrital de Braga do CHEGA e ex-deputado, apontou diretamente o fenómeno migratório como causa do alegado aumento da criminalidade:

“Braga sempre foi uma cidade segura. Hoje, as pessoas têm medo de sair à rua. Isto é o reflexo da imigração sem controlo.”

A vigília contou com a presença de familiares e amigos de Manu, muitos dos quais empunhavam cartazes com frases como “Somos todos Manu”, “Queremos Braga segura” e “Polícias sim, bandidagem não”. As velas acesas criaram um ambiente de homenagem e recolhimento.

A comitiva seguiu depois em marcha silenciosa pelo centro histórico, passando simbolicamente por locais recentemente marcados por episódios de criminalidade, como o incêndio de três viaturas e assaltos a estabelecimentos comerciais.

Filipe Melo reforçou ainda a exigência de mais efetivos e meios para a PSP no distrito, sublinhando que a cidade “não aguenta o atual nível de criminalidade violenta”. O dirigente recandidata-se a deputado nas eleições legislativas parciais de 18 de maio.

Recorde-se o caso

Manuel Gonçalves era aluno do 12.º ano na Escola Secundária D. Maria II. Segundo relatos, a vítima alertou o segurança do Bar Académico por suspeitar que um cliente estaria a colocar uma substância no copo de uma jovem. A denúncia originou desacatos que se prolongaram para o exterior do bar, culminando no esfaqueamento de Manu, atingido três vezes no peito.

Apesar dos esforços da equipa do INEM, o jovem acabaria por morrer a caminho do hospital. Outros jovens também foram feridos durante os confrontos.

As autoridades continuam a investigar o caso, que chocou a comunidade bracarense.

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