Turistas frustrados e críticas políticas marcam data simbólica em Braga

O Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa, em Braga, não abriu portas esta sexta-feira, 18 de abril, devido à greve nacional convocada pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais. A paralisação, que se estenderá a todos os feriados até ao final do ano, visa exigir a atualização do pagamento pelo trabalho suplementar prestado em dias festivos.

O encerramento do museu coincidiu com o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, o que provocou constrangimentos significativos, não só em Braga, mas também noutros pontos turísticos do país, nomeadamente na zona de Belém, em Lisboa. Dezenas de turistas manifestaram tristeza e frustração por se depararem com os espaços culturais encerrados numa data emblemática para o património.

Críticas à nova proposta para o “Museu de Braga”

Ainda no campo da cultura, a reunião de câmara desta quinta-feira ficou marcada por críticas políticas ao projeto da maioria liderada por Ricardo Rio. A proposta de criação de uma rede de espaços culturais sob a designação de “Museu de Braga” — que pretende reunir a Casa dos Crivos, o Museu da Imagem, a antiga Fábrica Confiança e o Centro Interpretativo do Romano — foi aprovada, mas com o voto contra dos vereadores do Partido Socialista.

Para o PS, trata-se de uma “manobra de ilusionismo em ano eleitoral”. O vereador da oposição, Adolfo Macedo, considerou o procedimento “uma encenação de propaganda”, acusando o executivo de “confundir cultura com entretenimento” e de não apresentar uma verdadeira política cultural para a cidade.

Apesar das críticas, a proposta avançou, mas permanece envolta em polémica quanto à sua efetiva concretização e impacto.