Em comício em Braga, líder do PS promete extinguir grupo de trabalho criado para reformar a Segurança Social
Pedro Nuno Santos acusou este sábado Luís Montenegro de ser o “12.º ministro” do Governo de Pedro Passos Coelho, associando-o diretamente aos cortes na Segurança Social durante o período da troika. A crítica foi feita durante um comício do PS no Theatro Circo, em Braga, no oitavo dia da campanha para as legislativas de 2025.
“Pedro Passos Coelho cortou 150 euros a esta senhora aqui presente. E sabe quem o apoiava como líder parlamentar? Luís Montenegro, que se dizia o 12.º ministro desse Governo”, afirmou Pedro Nuno Santos perante uma sala cheia.
O secretário-geral do PS rejeitou a “conversa do ajustamento” e acusou a direita de ter tentado tornar “permanentes os cortes nas pensões”, dizendo que apenas não o conseguiu por causa dos chumbos do Tribunal Constitucional e da vitória do PS nas eleições de 2015.
PS promete extinguir grupo que estuda reforma da Segurança Social
Pedro Nuno garantiu ainda que, caso forme Governo, o PS vai extinguir o grupo de trabalho criado pelo atual executivo para estudar a reforma da Segurança Social. Esse grupo, segundo o despacho publicado, deverá apresentar propostas até ao início de 2026, com o objetivo de garantir a sustentabilidade do sistema público.
“Não permitiremos que ninguém meta a mão no sistema público de pensões. Vamos extinguir esse grupo de trabalho”, prometeu, criticando a presença de especialistas que “defendem a privatização parcial da Segurança Social”.
O líder socialista reiterou que o PS tem um projeto para “dar segurança às pessoas”, sublinhando que a defesa do sistema público de pensões faz parte do ADN do partido.
“Aumentar as pensões não é uma promessa de campanha do PS, é mesmo a nossa história de vida”, concluiu.