Paulo Rangel garante que todos os cidadãos nacionais estão em segurança e que o Governo está a acompanhar a situação no Médio Oriente desde o início do conflito entre Israel e o Irão.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, revelou esta segunda-feira que 130 portugueses solicitaram o repatriamento a partir de Israel, na sequência da escalada militar no Médio Oriente. O governante assegura que a operação de regresso “já está em curso” e que todos os cidadãos reportados estão em segurança.
“Estamos a trabalhar desde o dia 13, às 4h30 da manhã, na situação dos portugueses”, afirmou Rangel em conferência de imprensa.
Segundo o ministro, a situação mais crítica ocorreu no Irão, de onde já saíram cinco portugueses — quatro por terra para o Azerbaijão e um pela Turquia. Restam três cidadãos ainda no país, mas que dispõem de meios próprios para regressar a Portugal.
Em relação a Israel, o Governo recebeu 130 pedidos de repatriamento, a maioria de turistas ou profissionais em trânsito, que ficaram sem voos disponíveis. Paulo Rangel garantiu que “a operação já começou”, embora admita que o processo seja complexo e demorado.
Quanto à Jordânia, onde um grupo de 37 portugueses expressou queixas por alegada falta de apoio, o ministro desvalorizou a situação, considerando que a segurança no país não está em causa.
“A informação que chegou da Jordânia está incorreta. O espaço aéreo apenas esteve encerrado por duas horas e o voo previsto foi reprogramado. As pessoas têm um plano definido para regressar até dia 18”, explicou, referindo que o Governo está atento e dispõe de meios alternativos caso o plano falhe.
Rangel recordou ainda que, desde outubro de 2023, o Ministério dos Negócios Estrangeiros desaconselha viagens para regiões em conflito como o Médio Oriente, apelando ao registo prévio dos viajantes junto da tutela.
O conflito entre Israel e o Irão intensificou-se com ataques israelitas a mais de 100 alvos no território iraniano, incluindo instalações nucleares, bases militares e o aeroporto de Teerão. O Irão retaliou com centenas de mísseis lançados sobre Telavive e Jerusalém, resultando já em centenas de mortos e mais de mil feridos de ambos os lados.