Templo com 400 anos, em risco de colapso, vai ser alvo de obras de conservação e restauro num investimento superior a 1,1 milhões de euros.

A igreja de Santo António, também conhecida como igreja do Convento de Santo António, situada em Viana do Castelo, vai finalmente ser restaurada, após mais de 15 anos encerrada ao público devido ao seu avançado estado de degradação.

A Fábrica da Igreja Paroquial de Santa Maria Maior abriu esta terça-feira, 17 de junho, concurso público para a empreitada de valorização, conservação e restauro do templo, com um preço base de 1,1 milhões de euros e prazo de execução de 420 dias. As propostas podem ser apresentadas até às 17h00 do dia 11 de julho e deverão manter-se válidas por 66 dias após essa data.

Construída em 1625, a igreja é considerada um exemplar arquitetónico singular do barroco religioso português, com características únicas da época, segundo especialistas da área do património. Apesar da sua importância histórica, encontra-se fechada desde meados dos anos 2000, por questões de segurança estrutural.

Um relatório técnico de 2012 do então IGESPAR (Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico) alertava para o risco iminente de derrocada na parede norte e na cobertura do edifício. Intervenções pontuais realizadas desde então evitaram o colapso, mas não impediram a degradação continuada.

O templo, que era propriedade da Câmara Municipal de Viana do Castelo, foi posteriormente cedido à Igreja de Santa Maria Maior, que assumiu a responsabilidade pela sua recuperação. Em 2013, a Direção-Geral do Património Cultural iniciou o processo de classificação do edifício, reconhecendo o seu valor histórico e arquitetónico.

Com esta obra, pretende-se preservar e devolver à cidade um dos seus marcos religiosos e patrimoniais mais emblemáticos, garantindo as condições necessárias para a sua reabertura e possível integração em roteiros culturais e turísticos.