O líder do Chega, André Ventura, confirmou esta terça-feira que será candidato às eleições presidenciais de 2026, justificando a decisão com a necessidade de o partido “ter voz” na corrida a Belém.

“Não desejei estas eleições presidenciais nem ser candidato. Tinha preferido que Passos Coelho fosse candidato”, afirmou Ventura, explicando que tentou encontrar uma alternativa dentro ou fora do partido, mas sem sucesso.

Segundo o dirigente, o Chega “não pode virar a cara” nem “ignorar os seus militantes e apoiantes”. Ventura defendeu que um partido com a dimensão do Chega não poderia “fugir ao risco político” e deixar os seus eleitores sem representação.

O líder admitiu ter sondado várias personalidades para avançar, incluindo a hipótese de apoiar Henrique Gouveia e Melo, mas acabou por recuar e assumir pessoalmente a candidatura.

“Falhei na tarefa de encontrar essa alternativa. Ao não ser possível, o líder de um partido deve agir com o que tem e não com o que gostaria de ter”, declarou, reconhecendo que a decisão representa “um enorme risco político” mas sublinhando que “o país está primeiro”.

Ventura garantiu ainda que nunca permitirá que o Chega apresente candidaturas “fracas” ou apenas para marcar presença:
“O sistema queria que tivéssemos um candidato frágil, para depois dizerem que o almirante Gouveia e Melo foi buscar o nosso eleitorado ou que Marques Mendes afinal não era assim tão mau. Mas o Chega terá sempre voz.”