Executivo de Braga despede-se com “sentido de dever cumprido”

Última reunião do mandato serviu para balanço político entre PSD/CDS-PP/PPM, PS e CDU.

O executivo municipal de Braga reuniu-se esta sexta-feira pela última vez no atual mandato, encerrando um ciclo de quatro anos marcado por consensos, divergências e projetos estruturantes para a cidade.

O presidente da Câmara, Ricardo Rio (PSD), fez um balanço “francamente positivo” do trabalho desenvolvido. Apesar de admitir uma “amargura relativa” por não conseguir inaugurar várias obras já em curso, o autarca sublinhou que “o benefício será para os bracarenses, são projetos irreversíveis e isso é que importa do ponto de vista prático”.

“Foi um período de grande transformação da cidade de Braga a todos os títulos. Braga hoje é uma cidade completamente diferente para quem cá vive, para quem cá vem, para quem cá investe, para quem cá trabalha ou estuda”, declarou Ricardo Rio, afirmando sair com o sentimento de “missão cumprida”.

Do lado da oposição, o PS, pela voz de Artur Feio, destacou o papel fiscalizador dos seus quatro vereadores. “Tentámos sempre defender os direitos dos bracarenses e da cidade e impor politicamente as ideias do Partido Socialista”, afirmou. O vereador acrescentou que várias propostas inicialmente rejeitadas foram mais tarde “cooptadas” pelo executivo, o que considera reflexo do trabalho persistente da sua equipa.

Já a CDU, representada por Vítor Rodrigues, apontou críticas à gestão da maioria, referindo a incapacidade de resolver “problemas estruturantes” como as Sete Fontes ou a ETAR. Ainda assim, o comunista salientou que a oposição foi sempre construtiva:

“Houve um compromisso de não deixar que estas questões essenciais fossem esquecidas. Creio que foi um esforço conseguido, ainda que muitas promessas tenham ficado por cumprir”.

No seu balanço, Vítor Rodrigues criticou ainda o que considera uma excessiva insistência nos conceitos de “cidade sustentável ou inovadora”, afirmando que “a qualidade de vida dos bracarenses foi ficando para trás”.

A última reunião marcou, assim, o fecho de um mandato em que as três forças políticas representadas – coligação PSD/CDS-PP/PPM, PS e CDU – apresentaram leituras distintas, mas convergiram no reconhecimento do impacto do trabalho realizado na vida da cidade.