Coligação PS/PAN Só Prestará Declarações Após Homologação dos Resultados em Braga

António Braga aguarda decisão do tribunal antes de comentar derrota por 276 votos nas autárquicas

A coligação Somos Braga (PS/PAN), liderada por António Braga, anunciou esta segunda-feira que não fará qualquer declaração pública relativamente aos resultados das eleições autárquicas em Braga até à homologação oficial dos mesmos pelo tribunal, prevista para terça-feira.

No momento, não será feita qualquer declaração. Vamos esperar pela homologação dos resultados na terça-feira e depois veremos”, afirmou à agência Lusa uma fonte oficial da candidatura. Questionada sobre a possibilidade de contestação ou existência de eventuais irregularidades no processo eleitoral, a mesma fonte recusou tecer comentários.

A postura cautelosa da candidatura surge após uma das eleições mais renhidas da história recente da cidade, com a coligação Juntos por Braga (PSD/CDS-PP/PPM), encabeçada por João Rodrigues, a vencer por apenas 276 votos de diferença. O resultado, embora suficiente para garantir a presidência da Câmara, não assegura uma maioria absoluta, tornando a governação dependente de entendimentos com outras forças políticas.

No novo executivo, composto por 11 vereadores, tanto a coligação vencedora como o PS/PAN e o movimento independente Amar e Servir Braga (liderado por Ricardo Silva) elegeram três vereadores cada. A Iniciativa Liberal e o Chega conseguiram um vereador cada, completando assim a nova configuração da Câmara Municipal de Braga.

A reação oficial da coligação socialista-pacifista poderá indicar reservas quanto à forma como decorreu o apuramento final, embora até ao momento não tenham sido apresentados protestos formais. A expectativa recai agora sobre a decisão do tribunal e as declarações que se seguirão por parte de António Braga, que pode ainda vir a contestar a validade ou transparência do processo eleitoral.

A homologação dos resultados será determinante para clarificar o futuro imediato da governação local, num cenário político fragmentado que exigirá diálogo, equilíbrio e eventuais coligações de circunstância.