André Ventura rejeita coligações do Chega com PS ou PSD nos municípios

Presidente do Chega afirma que o partido manterá independência e apela aos autarcas para governar com “tolerância zero” à corrupção

O presidente do Chega, André Ventura, garantiu que o partido não se vai “vender” e nem fazer alianças com o PS ou PSD a nível local nos municípios. Em discurso junto a autarcas eleitos pelo Chega em Loures e Odivelas, Ventura destacou a importância de mostrar que o partido está pronto para governar com autonomia, administrando as câmaras municipais sem ceder aos interesses dos grandes partidos tradicionais.

O líder frisou que mais de 90% dos maiores concelhos terão o Chega a desempenhar um papel predominante na gestão local e defendeu que o partido deve “mostrar que consegue fazer a limpeza ficando limpos”, com responsabilidade e “tolerância zero” à corrupção. Ventura alertou para a necessidade de diferenciação clara em relação ao que passou nas últimas cinco décadas em termos de práticas políticas.

Bruno Nunes, vereador reeleito na Câmara de Loures pelo Chega, reforçou a mensagem, afirmando que o partido se manterá firme na oposição, sem acordos ou negociações, comprometido em fiscalizar e defender os votos dos eleitores até ao fim do mandato.

Apesar de reconhecer que os resultados do partido nas eleições autárquicas ficaram aquém do esperado, Ventura considerou-os um “grande resultado”, sublinhando que o Chega foi o partido que mais cresceu nessas eleições. O partido conquistou prefeituras em municípios como Albufeira, Entroncamento e São Vicente, mas ainda não conseguiu domínio em grandes cidades.

Este posicionamento reforça a estratégia do Chega de afirmar-se como força política independente na governação municipal, mantendo uma linha dura contra as práticas tradicionais dos partidos maiores e apostando na renovação e na responsabilização nas autarquias.

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