Em visita à Universidade do Minho, o candidato presidencial recordou Francisco Pinto Balsemão como uma figura “extraordinária” da liberdade de imprensa e da democracia portuguesa.
O candidato presidencial Henrique Gouveia e Melo prestou, esta quarta-feira, em Braga, uma homenagem emocionada a Francisco Pinto Balsemão, sublinhando o seu papel determinante na defesa da liberdade de imprensa e na consolidação da democracia portuguesa.
Durante uma visita à Feira do Emprego Start Point Summit, promovida pela Associação Académica da Universidade do Minho, Gouveia e Melo recordou o antigo primeiro-ministro e fundador do Expresso e da SIC como “um bom português que parte”.
“O doutor Pinto Balsemão foi sempre um defensor da liberdade de imprensa. E nós devemos preservar isso na nossa memória coletiva. Uma democracia sem imprensa livre não existe, não tem viabilidade”, afirmou o candidato, dirigindo pêsames à família, aos amigos e ao PSD, partido que Balsemão ajudou a fundar.
Em sinal de respeito, Gouveia e Melo anunciou que a sua candidatura presidencial irá reduzir as atividades públicas entre hoje e quinta-feira, por ocasião da morte do antigo primeiro-ministro.
“Vamos deixar de promover e divulgar as nossas ações durante estes dois dias”, explicou.
O candidato destacou ainda a “influência extraordinária” de Francisco Pinto Balsemão “na imprensa escrita, na televisão, na sociedade e na política”, sublinhando que cabe ao Presidente da República garantir que “esse pilar da democracia que é a imprensa livre cumpra o seu papel com toda a liberdade e isenção”.
“Não há nenhuma democracia no mundo sem uma imprensa verdadeiramente livre. O Presidente da República deve ter isso como preocupação constante na sua magistratura de influência”, defendeu.
Francisco Pinto Balsemão, fundador e militante número um do PSD, faleceu na terça-feira, aos 88 anos. Jornalista, empresário e político, foi primeiro-ministro entre 1981 e 1983, membro do Conselho de Estado e uma das figuras centrais na construção da liberdade de imprensa em Portugal, tendo criado o semanário Expresso em 1973 e a SIC, primeira televisão privada portuguesa, em 1992.
“Estimava-o enquanto pessoa, político e português. Foi alguém que deu muito à nossa democracia e à comunicação social em Portugal”, concluiu Gouveia e Melo.