Castro Almeida considera que o ‘lay-off’ é um “problema circunstancial” e garante que o futuro da fábrica não está em causa.
O ministro da Economia e da Coesão Territorial, Castro Almeida, afirmou esta quinta-feira que existe na Bosch Braga uma “relativa tranquilidade” quanto ao futuro da empresa, apesar da decisão de avançar com um ‘lay-off’ prolongado que afetará cerca de 2.500 trabalhadores.
“Na Bosch há uma leitura de relativa tranquilidade sobre o futuro da empresa. Há um problema circunstancial, que não vai colocar em causa o futuro de uma empresa muitíssimo importante para a região e para o país”, declarou o governante, durante uma audição nas comissões parlamentares de Agricultura e Orçamento.
A multinacional alemã confirmou esta semana que vai recorrer ao mecanismo de lay-off a partir de novembro e até, previsivelmente, abril de 2026, devido à escassez de componentes eletrónicos.
Castro Almeida sublinhou que não há quebra de mercado nem falta de clientes, “mas sim um constrangimento temporário na cadeia de fornecimento”. O ministro acrescentou que a empresa garantiu ao Governo que irá assegurar todos os direitos laborais aos trabalhadores abrangidos e que estes retomarão a atividade assim que o problema for ultrapassado.
O lay-off, recorde-se, consiste na redução temporária do horário de trabalho ou suspensão dos contratos, aplicada em situações excecionais, como crises de mercado ou dificuldades estruturais.
A Bosch assegurou, em comunicado, estar a “fazer tudo para minimizar as restrições de produção”, incluindo a procura de fontes alternativas de fornecimento. A empresa reitera que, “assim que a escassez de componentes eletrónicos for resolvida, a produção em Braga deverá regressar à normalidade”.































