SC Braga afasta Nacional com triunfo emocionante e garante lugar nos “oitavos” da Taça

Minhotos chegaram ao 3-0 ainda na primeira parte, permitiram a reação madeirense, mas selaram o 4-2 perto do fim para avançar na Taça de Portugal 2025/26.

O SC Braga assegurou este domingo a qualificação para os oitavos de final da Taça de Portugal ao vencer, em casa, o Nacional por 4-2, numa partida vibrante da 4.ª eliminatória que colocou frente a frente duas equipas do principal escalão.

A equipa bracarense entrou determinada e cedo se adiantou no marcador. Aos 10 minutos, Ricardo Horta inaugurou o resultado após um cruzamento de Víctor Gómez, beneficiando de uma simulação inteligente de Fran Navarro que abriu espaço para o capitão finalizar com precisão. Pouco depois, aos 15 minutos, Horta voltou a marcar, desta vez de grande penalidade, após mão na bola de José Gomes. O domínio minhoto foi reforçado ainda antes do intervalo, quando Lagerbielke fez o 3-0 na sequência de um canto cobrado pelo próprio Horta.

O Nacional, contudo, reagiu e reabriu a eliminatória logo no início da segunda parte. Miguel Baeza reduziu aos 54 minutos, concluindo uma transição conduzida por Nourani, e cinco minutos mais tarde J. Ramírez colocou os madeirenses a apenas um golo de distância, aumentando a pressão sobre o conjunto da casa.

O jogo entrou então numa fase aberta e intensa, com oportunidades claras junto das duas balizas. O Nacional esteve perto do empate, mas o SC Braga acabaria por garantir tranquilidade já aos 87 minutos: Víctor Gómez surgiu ao segundo poste para cabecear com sucesso após novo canto, desta vez batido por Leonardo Lelo, fixando o resultado final em 4-2.

Com este triunfo, os bracarenses seguem em frente na prova, depois de superarem uma forte reação do adversário e demonstrarem eficácia nos momentos decisivos.

Carlos Vicens, treinador do Sp. Braga, em declarações na sala de imprensa do Estádio Municipal de Braga, após o triunfo (4-2) sobre o Nacional da Madeira. Reconhece que a reação do Nacional provocou «ansiedade», mas destaca o «bom jogo de uma forma geral».


Análise ao jogo

«Estamos contentes porque objetivo era ganhar o jogo: conseguimos. De um modo geral foi um jogo muito bom, com bom dinamismo com bola e posicional. Tivemos várias oportunidades junto à baliza, mas a verdade é que nos falta converter uma quantidade tão grande de chegadas á área adversária em oportunidades, e digo isto num jogo em que marcámos quatro golos. Os jogadores foram ambiciosos, com situações quase pontuais, seguidas, o Nacional deixou o jogo em 3-2, e isso provocou uma certa ansiedade. Depois a equipa teve personalidade para continuar a atacar e criar ocasiões, que traduzimos em golo. Contente pelo objetivo cumprido, obviamente com coisas a corrigir, mas temos de continuar a trabalhar».

Saída de Ricardo Horta pode ter dado um sinal errado

«Penso que não, pela mensagem que transmiti aos jogadores ao intervalo: rigor, esforço máximo em cada ação desde o primeiro minto da segunda parte, trabalho incessante e dinamismo. A quantidade de metros que o Ricardo correu na primeira parte, é um jogador que trabalha muito, é um jogador que se entrega ao máximo. Para refrescar essa zona do campo entrou o Diego, que não pôde jogar na seleção, e vinha com motivação de jogar».

Tiago Margarido, treinador do Nacional, em declarações na sala de imprensa do Estádio Municipal de Braga, após a eliminação a Taça de Portugal. O técnico fala em «duas partes distintas» na análise ao jogo.

Análise ao jogo

«O jogo teve duas partes distintas: o Braga foi claramente superior na primeira, o Nacional foi claramente superior na segunda. Claramente não entrámos com a atitude certa. O golo que surge antes do intervalo é um pouco injusto, contra a corrente. Na segunda parte ajustámos, passámos a construir a quatro, forçámos o Niakaté a ir fora e abrimos o espaço central. A atitude foi claramente diferente, chegámos ao 3-2 de forma justa, podíamos ter chegado ao empate, conseguimos que o jogo ficasse em aberto até ao fim, a vitória acaba por ser justa, do Braga, num jogo com duas partes distintas».

Mensagem ao intervalo

«Fundamentalmente era necessário desencaixar ao nível tático, era fundamental: o nosso jogo posicional ofensivo teve de mudar. Também falámos da questão da atitude, tínhamos de ter brio nas cores e no símbolo que estamos a representar. Os jogadores deram uma boa resposta, tivemos uma chamada de atenção para a atitude, que surtiu efeito, levo daqui uma primeira parte em que não fomos competentes e em que mudámos completamente na segunda parte».

Diferença para o jogo da Liga

«Houve bastantes ausências do Nacional. A nossa equipa está mais frágil em termos de opções. O Braga manteve a qualidade individual, mas aumentou a qualidade coletiva. É um Braga mais agressivo, essencialmente na reação à perda. Faltam-nos jogadores importantes, que têm feito parte do onze, obviamente que quanto menos opções tivermos, menos fortes estamos». 

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here