Júlio Vieira de Castro, no discurso em que assumiu a derrota, recusou-se a baixar a guarda e, pelo contrário, deixou no ar a perspetiva de ser uma oposição incómoda para Júlio Mendes, podendo mesmo voltar à arena eleitoral em 2021.
“Nova candidatura daqui a três anos? Provavelmente teremos. Como diriam os romanos, foi uma vitória de Pirro. Talvez caiam mais cedo e haja ato eleitoral antecipado. Quem sabe? Estaremos cá para a luta”, prometeu o líder da Lista A, apesar da expressão a que recorreu ter sido dita por um general grego que derrotou precisamente os romanos.
“Ficámos extremamente satisfeitos por ter sido batido o recorde de afluência às urnas. Os vitorianos deram a devida importância a este ato eleitoral. Há uma leitura a fazer. Também ficou 52/48 para quem ganhou. Não nos sentimos vencidos. Perdemos, mas não nos sentimos vencidos. Estamos cá, continuaremos cá. Vigilantes e a afirmar os nosso principios, o nosso programa. Continuaremos como equipa para o futuro, não desistimos. O Vitória muito maior que nós, muito maior que todos”, sublinhou Vieira de Castro, emocionado.
Respondendo a perguntas dos jornalistas, refletiu ter sido “um recorde estabelecido por uma lista que partia em grande desvantagem, mas que conseguiu dividir os vitorianos no bom sentido com o projeto que apresentou. O Vitória é, acima de tudo, o grande vencedor deste ato eleitoral”, sublinhou, antes de um derradeiro desabafo: “Custa um pouco perder assim. Quase se pode usar a expressão morrer na praia, mas estamos de cabeça bem levantada. Com o dever cumprido de alertar os sócios, que agora estão mais exigentes, mais vigilantes. Estaremos mais unidos”, concluiu.