Bandeiras indicam a zona recomendável para os banhistas entrarem na água e que é controlada pelos nadadores-salvadores
As praias portuguesas têm uma nova bandeira no areal, com uma risca vermelha e outra amarela, o que indica a zona recomendável para os banhistas entrarem na água e que é controlada pelos nadadores-salvadores ao longo do dia.
Em declarações à agência Lusa, o porta-voz da Marinha e da Autoridade Marítima Nacional, Fernando Pereira da Fonseca, explicou que a bandeira “irá ajudar o banhista que frequenta a praia, mais do que ao próprio nadador-salvador”.
“Trata-se de uma ajuda para quem frequenta as praias e tem alguma limitação, porque não tem à vontade para andar dentro de água ou porque as condições não são as melhores, ou ainda porque tem crianças”, disse Fernando Pereira da Fonseca.
De acordo com o porta-voz da Marinha, a nova bandeira é importante para quem não sabe identificar um agueiro – correntes marítimas que se formam perpendicularmente à linha de areia demasiado fortes para lutar contra -, já que percebe que naquele espaço onde se encontram colocadas as bandeiras é uma “zona onde não vai encontrar” o fenómeno.
Apesar de no ano passado a bandeira de riscas vermelha e amarela já poder ser encontrada em algumas praias da Costa da Caparica e do Algarve, Fernando Pereira da Fonseca adiantou que só este ano entrou na legislação em Portugal e também em outros países europeus que tenham adotado esta sinalização.
“O Instituto de Socorros a Náufragos participa em fóruns internacionais nos quais vários países identificaram um conjunto de situações, entre as quais aquela que diz respeito aos veraneantes e às praias com grandes extensões em que exista alguma dificuldade em perceber quais as zonas mais propicias para entrarem na água e irem a banhos”, disse o responsável.
Segundo Fernando Pereira da Fonseca, a localização das duas bandeiras “varia ao longo do dia e de um dia para o outro”, lembrando que é ao nadador-salvador a quem cabe a tarefa de ir posicionando as bandeiras identificativas da zona, já que “conhecem a morfologia da praia, as condições do momento, a corrente, as marés e a existência ou não de agueiros”.