Tribunal de Instrução de Guimarães aplicou medidas de coação leves aos cinco detidos pela PJ de Braga. Vítima, atualmente em prisão preventiva, reduz risco de perturbação do inquérito.
Os cinco homens detidos pela Polícia Judiciária (PJ) de Braga, suspeitos de sequestro e tortura de um indivíduo no bairro do Picoto, em Braga, no passado dia 5 de julho, vão aguardar o desenrolar do processo em liberdade, com a obrigação de se apresentarem duas vezes por semana na PSP.
A decisão foi tomada esta quinta-feira pelo Tribunal de Instrução Criminal de Guimarães, que impôs ainda a proibição de contacto entre os arguidos e com a vítima.
Segundo o advogado João Ferreira Araújo, defensor de um dos suspeitos, as “medidas brandas” justificam-se pelo facto de a vítima se encontrar atualmente detida, alegadamente por crimes de roubo, o que, segundo o magistrado, reduz o perigo de perturbação do inquérito.
Os arguidos — três residentes em Braga e dois em Vila Nova de Gaia, com idades entre 22 e 46 anos — estão indiciados não só por sequestro e ofensas à integridade física, mas também por detenção de armas proibidas.
De acordo com a PJ, o crime estará ligado ao tráfico de droga. A vítima, um homem de 28 anos, foi apanhada no bairro Nogueira da Silva e levada à força para o bairro do Picoto, onde foi acorrentada, espancada e torturada com recurso a um martelo e um maçarico.
Os agressores acreditavam que o homem guardava uma grande quantidade de estupefacientes, o que nunca se confirmou. Após horas de tortura, a vítima foi forçada a confessar falsamente que escondia droga em casa. Durante o transporte para o local, conseguiu escapar e pedir ajuda à Polícia, que viria a identificar os autores.
As buscas da PJ, realizadas esta quarta-feira em Vila Nova de Gaia, Matosinhos, Barcelos e Braga, resultaram na apreensão de várias armas de fogo e na detenção dos cinco suspeitos, que agora aguardam o desenvolvimento do processo em liberdade vigiada.
































