Era tudo uma campanha. Eugene, o ovo mais famoso da internet, rachou com a pressão das redes sociais. O objectivo? Alertar para os efeitos das redes sociais na saúde mental dos seus utilizadores.
A imagem de um ovo que fez história ao tornar-se a fotografia da rede social Instagram com mais “gostos” era, afinal, uma campanha para alertar os utilizadores contra a pressão das redes sociais e os seus efeitos na saúde mental dos seus utilizadores.
Depois de, no início de janeiro, o ovo Eugene ter batido o recorde mundial de “gostos” no Instagram , a conta @world_record_eggcomeçou a publicar um conjunto de outras fotografias em que o ovo aparecer a estalar aos poucos.
Durante a final do campeonato de futebol norte-americano, o Super Bowl, no passado domingo, os internautas foram finalmente esclarecidos. Eugene “queria” alertar todos para os efeitos nocivos das redes sociais.
“Recentemente, comecei a quebrar. A pressão das redes sociais está a afetar-me. Se isto também está a acontecer contigo, fala com alguém”, pode ler-se num pequeno vídeo publicado na conta do ovo mais famoso da internet. Neste pequeno vídeo, Eugene vai quebrando-se aos poucos, numa alusão aos efeitos que as redes sociais podem ter na saúde mental dos seus utilizadores.
Com a revelação feita, soube-se também o nome por trás da campanha que, em 10 dias, conseguiu que a internet se unisse para bater o anterior recorde, uma publicação de Kylie Jenner, uma das irmãs Kardashian, onde anunciava o nome da filha. Chris Godfrey, um criativo da área da publicidade que trabalha em Londres, e dois amigos, são as pessoas que “pensaram” Eugene.
“Um ovo não tem género, raça ou religião. Um ovo é um ovo, é universal”, explicou Godfrey ao “The New York Times”, na primeira entrevista desde que o ovo se tornou viral. De acordo com o publicitário, a intenção era mesmo testar se um simples ovo poderia ser mais popular do que uma celebridade.
O sucesso de Eugene servirá agora para apoiar outras campanhas que os seus criadores entendam estarem relacionadas com o espírito da ideia. Na mesma entrevista ao diário norte-americano, Godfrey revela que várias empresas já tentaram associar a sua marca a Eugene, mas os seus criadores têm recusado por “não combinar”.