A ministra da Defesa alemã precisava de garantir uma maioria absoluta para suceder a Jean-Claude Juncker.
Os eurodeputados em Estrasburgo confirmaram na tarde desta terça-feira a nomeação de Ursula Von der Leyen para a presidência da Comissão Europeia. A ainda ministra da Defesa alemã assegurou 383 votos (precisava, no mínimo, de 374) na votação que decorreu no Parlamento Europeu e foi confirmada como a sucessora de Jean-Claude Juncker.
Ursula Von der Leyen foi assim eleita a 13.º presidente do executivo comunitário e a primeira mulher a ocupar o cargo, levando a Alemanha a ocupar, novamente, o principal cargo de topo da União Europeia, algo que não acontecia desde a criação da instituição, em 1958, com Walter Hallstein.
Aos 60 anos, Von der Leyen sucederá em 01 de novembro a Juncker, que liderou o executivo comunitário nos últimos cinco anos (2014-2019).
A nomeação da responsável alemã foi surpreendente. De recordar que os líderes dos governos europeus estiveram reunidos numa cimeira extraordinária no início do mês para acordarem os nomes propostos para a liderança das instituições europeias.
A escolha de Von der Leyen foi inesperada, uma vez que o seu nome não se encontrava entre os ‘spitzenkandidaten’, os principais favoritos para a sucessão de Juncker. Frans Timmermans, Margrethe Vestager e Manfred Weber, foram assim preteridos em detrimento da ministra alemã, uma aliada próxima de Angela Merkel.
Ursula Von der Leyen torna-se a primeira mulher à frente da Comissão Europeia.