Treinador do V. Guimarães projeta deslocação ao reduto do Sintra Football
O V. Guimarães não vai relaxar perante uma equipa de dois escalões abaixo. Pelo menos, é o que se pôde interpretar das palavras proferidas por Ivo Vieira no final desta manhã. “O nosso objetivo passa por vencer e passar a eliminatória. O Sintra vai estar extremamente motivado, a jogar na sua casa. A questão do sintético temos de interpretar de ânimo leve, não pode ser um problema ou refúgio. Vai ser um jogo com uma equipa extremamente motivada, aliciante para os mesmos, mas para nós também é fundamental para poderemos criar objetivos futuros na competição”, afirmou o treinador vimaranense na conferência de imprensa de antevisão ao duelo da 3ª pré-eliminatória, amanhã, em casa do Sintra Football, não dando grande importância ao facto do relvado do Estádio Municipal Mário Wilson ser um sintético.
No horizonte está uma deslocação, na próxima quinta-feira, ao Emirates Stadium, para defrontar o Arsenal, na Liga Europa, mas isso não tirará o foco dos jogadores. “Não. Os jogadores têm conhecimento que quem não andar da perna contra o Sintra não o pode fazer contra o Arsenal. O meu foco tem de ser única e exclusivamente para o jogo com o Sintra. Vamos apresentar uma equipa forte, a mais competitiva neste momento. Vamos com o objetivo de vencer, respeitando o adversário, sabendo que estas equipas nos podem criar problemas. Para conquistarmos alguma coisa temos de dar passos e e este é o primeiro passo nesta competição”, esclarece o treinador.
Após longas e intermináveis semanas de competição, o Vitória conseguiu descansar. Se a equipa ganhar, a paragem foi… boa. “Não tenho tendência para mudar o discurso pelos resultados ou o passar dos dias. Se ganharmos, a paragem foi vantajosa, se não ganharmos foi prejudicial porque vínhamos num ritmo fantástico. Estávamos habituados a jogar muitas vezes, deve ser assim. A paragem pode ser benéfica para recuperar alguns atletas dos muitos que estão lesionados, foi uma janela para ganhar tempo na recuperação. Quanto à competição, o que é fundamental é o comportamento dos jogadores. Temos de ser competitivos, atacar a baliza do adversário”, frisa Ivo Vieira.
O técnico apela ainda ao compromisso dos seus jogadores: “Defendo que o treinador que conseguir entrar na mente dos atletas e acrescentar algo mais no sentido competitivo vai sair por cima. É um desafio que os treinadores têm porque o subconsciente dos atletas é gigantesco e consegue apoderar-se da mente e do corpo. Muitas vezes interpreta-se estes jogos com alguma sobranceria, temos de dizer aos jogadores que assim vai ser mais difícil. Não podemos facilitar. As nossas intenções muitas vezes não são suficientes, os comportamentos é que vão ditar o que o treinador passou para os jogadores. Eles sabem os riscos que correm se não tiverem um comportamento de seriedade. Ganham-se lugares e perdem-se lugares nestes jogos. Só quem andar no jogo é que vai manter o seu lugar.”
Já no que toca o olhar sobre o adversário, Ivo vê uma equipa “competitiva” do outro lado: “Muito sinceramente, o meu foco não passa pelos jogadores a nível individual, houve um trabalho exaustivo da nossa equipa para perceber o adversário. Interpretamos a equipa em prol dos comportamentos do adversário, independentemente de quem possa jogar. Tem atletas que passaram por divisões mais competitivas, que trazem mais serenidade. É uma equipa competitiva, que nos vai criar dificuldades num piso em que estão mais habituados. Vamos ter de nos adaptar ao sintético. A irregularidade do mesmo pode trazer alguma dificuldade ao jogo. Sabemos de antemão que vamos ter dificuldades e só se formos muito competitivos e concentrados é que o podemos ganhar.”