Vitória SC perde em casa com Rio Ave 1-2

O Vitória perdeu com o Rio Ave, por 2-1, no encontro da 18.ª jornada da Liga, disputado esta segunda-feira, no Estádio D. Afonso Henriques, falhando assim a ascensão ao 5.º lugar.
O Rio Ave marcou dois golos num curto espaço de tempo. A equipa de Vila do Conde inaugurou o marcador aos 38 minutos, por Diego Lopes, aumentando a vantagem logo a seguir, aos 40’, por Matheus Reis.
No decurso do segundo tempo, o Vitória ainda reduziu a desvantagem, com um golo de Edmond Tapsoba, aos 75 minutos, mas não foi capaz de chegar à igualdade.
Com este desaire, o Vitória, com 25 pontos, acabou por descer ao 7.º lugar, uma vez que foi ultrapassado precisamente pelo Rio Ave.
Na próxima jornada, a equipa comandada por Ivo Vieira desloca-se ao terreno do Boavista. O encontro com a formação do Bessa realiza-se no domingo, pelas 20 horas.

VAR MOTIVOU PARAGEM DE OITO MINUTOS NA PRIMEIRA PARTE

A tecnologia do vídeo árbitro voltou a estar em foco. O árbitro Hélder Malheiro assinalou um penálti a favor do Vitória, ainda no decorrer do primeiro tempo da partida, mas a decisão acabaria por ser revertida longos oito minutos depois após a primeira decisão. Hélder Malheiro sancionou uma falta de Matheus Reis sobre Tapsoba, tendo ainda mostrado o vermelho directo ao jogador do clube de Vila do Conde. o lance teve de ser analisado pelo VAR, sob a responsabilidade de António Nobre, na Cidade do Futebol. E foi aí que foi descortinado um fora de jogo de Tapsoba, por 10 centímetros, no momento do cruzamento de Rafa Soares, mas apenas ao fim de oito minutos.

Declarações de Ivo Vieira, treinador do Vitória Guimarães, na sala de imprensa do Estádio D. Afonso Henriques, após a derrota (1-2) frente ao Rio Ave:

[25 pontos em dezoito jornadas é negativo?] «Sim, é um registo que não é positivo, não é bom. A realidade é que temos de fazer mais naquilo que é o resultado. A equipa tem bom volume de jogo, mas a realidade é que não consegue concretizar. Ainda hoje tivemos imensas situações em que não conseguimos fazer golo e o adversário, pelo contrário, consegue dois golos em três ataques. É dececionante e preocupante. Temos de crescer mais, ser mais competitivos e trabalhar mais em cima desse pormenor».

[Faltou paciência?] «Acho que foi nítido o número de remates, de cantos, de cruzamentos que tivemos. Foi nítido o que a equipa fez. Não sei se se pode associar a precipitação, ansiedade… no momento de ação, na finalização, haver alguma precipitação a fazer as coisas, alguma pressa, poderá estar aí o cerne da questão. Os adversários que vêm cá fecham-se com muita gente, sendo mais exigente para quem ataca. Temos de estar preparados e ser mais competentes nas decisões no último terço. A diferença do que uma e outra equipa fez foi abismal, mas o Rio Ave marcou mais golos».

Declarações de Carlos Carvalhal, treinador do Rio Ave, na sala de imprensa do Estádio D. Afonso Henriques, após o triunfo (1-2) frente ao V. Guimarães:

«Foi uma vitória com sangue, suor e lágrimas. Era impensável um Rio Ave vir aqui ganhar e não sofrer, como outra qualquer equipa. Para vencer em casa do Vitória é preciso organização, obviamente, sofrer e ter uma pontinha de sorte. Isto leva a que tenhamos conseguido um bom resultado. O Guimarães tem um bloco médio/alto, a intenção foi atrair os extremos do Vitória para entrar por dentro, ou por fora, dependendo quem saísse à bola. Tivemos paciência, até ao ponto em que os jogadores do Vitória tiveram a necessidade de saltar linhas para sair da pressão. Conseguimos fazer golo num ataque rápido, fizemos logo a seguir e chegámos a o intervalo a vencer por dois. Na segunda parte a intenção era a mesma, mas não jogámos sozinhos».

[Melhor fase da época após três vitórias?] «Sim, três vitórias mas com cinco bons jogos. Incluo aí a derrota em casa do Marítimo e a derrota na Luz, talvez o jogo do ano. Hoje fizemos um bom jogo. É muito fácil puxar todos os atributos após uma vitória, mas não é a minha personalidade. Não fomos mais inteligentes, acabámos por ser eficazes e na segunda parte soubemos sofrer. Se eventualmente o Vitória faz o 1-2 mais cedo nas bolas que andaram lá perto, ou eventualmente faz o 2-2 eu não seria um nabo e o Ivo um génio. Temos disputado todos os jogos em todo o lado e só temos sofrido quando os adversários assim obrigam».