Ajuntamentos levaram Câmara e Capitania da Nazaré a cortar acesso pedonal à estrada do Farol; bombeiros estão no local a apelar ao distanciamento social e ao uso de máscara
Milhares de pessoas concentraram-se nas arribas da praia do Norte para ver a maior onda da história da Nazaré após o anúncio feito nas redes sociais.
Assim, a Capitania da Nazaré e a Câmara decidiram cortar o acesso pedonal à estrada do Farol, para conter a excessiva concentração de público que assiste às ondas gigantes e garantir condições de segurança, informou o capitão do Porto.
«O acesso pedonal vai ser proibido e vamos apelar à dispersão das pessoas concentradas junto ao Forte de S. Miguel para tentar reduzir os aglomerados«, disse à Lusa o comandante do Porto da Nazaré, Zeferino Henriques.
Este cenário «atrai muitos surfistas estrangeiros e portugueses para surfar na praia do Norte, e simultaneamente pessoas de vários países que se deslocam para assistir», referiu o presidente da Câmara da Nazaré, Walter Chicharro.
Em ano de pandemia a afluência de público levanta questões de segurança uma vez que «não é um evento, que depende de autorizações e normas das entidades de saúde». Ao mesmo tempo, o autarca defende que «é complicado, mesmo do ponto de vista legal, condicionar a circulação de pessoas, porque nem o país, nem a Nazaré estão fechados».
O capitão do Porto manifestou «grande preocupação com eventuais quedas de pessoas na falésia» e, por outro lado, «com o cumprimento das normas neste contexto pandémico». De resto, tanto os bombeiros como a capitania estão a fazer alertas «em várias línguas, para que as pessoas usem máscara e cumpram o distanciamento social e a etiqueta respiratória», frisou Zeferino Henriques.
As ondas gigantes na praia da Nazaré antecedem o período de espera para o campeonato de ondas grandes, previsto para o próximo mês de novembro.