Os eleitores norte-americanos têm votado por correio nas últimas semanas e deslocaram-se em força às urnas esta terça-feira para decidirem se mantêm Donald Trump mais quatro anos na Casa Branca ou se apostam novamente num presidente democrata elegendo Joe Biden.
As escolhas não se limitam à presidência norte-americana, em jogo também vão estar lugares nas duas Câmaras Municipais que compõem o Congresso dos Estados Unidos, a Câmara dos Representantes (nas mãos do Partido Democrata) e o Senado (atualmente republicano). Também há 11 corridas para o cargo de governador.
Em última análise, a eleição desta noite é um escrutínio ao futuro de um país cada vez mais dividido. Não apenas entre Trump e Biden, mas principalmente entre temas quentes na sociedade norte-americana: o racismo, uma justiça mais equitativa, os protestos, a violência, as alterações climáticas, o rumo da economia e, claro, o coronavírus.
A pandemia tornou-se o ‘joker’ destas eleições e o resultado desta noite estará indelevelmente ligado a um vírus que tem sido particularmente nefasto nos Estados Unidos.
A disputa pela Casa Branca não será decidida por quem conseguir um maior número de votos mas sim pelos votos do colégio eleitoral. Trump e Biden precisam de 270 votos ou mais para ganharem estas eleições.
FBI investiga milhões de chamadas automáticas para desencorajar voto
“É tempo de ficar em casa. Fique em segurança e fique em casa”. Polícia federal diz que está a investigar, sem avançar mais detalhes.
A polícia federal norte-americana (FBI) está a investigar chamadas automáticas anónimas que foram recebidas por milhões de eleitores nos Estados Unidos, onde estes receberam apelos para “ficar em segurança e ficar em casa”. A informação foi esta terça-feira confirmada pelo Departamento de Segurança Interna dos EUA, segunda cita a AP.
Esta investigação ganha outros contornos numas eleições que são marcadas por alegações de tentativas de supressão de voto em várias estados, com o próprio presidente a lançar várias vezes dúvidas sobre o voto por correio – uma forma de votar com adesão recorde este ano, por causa da pandemia.