A Ecovia do Ave, em Guimarães, vai estender-se ao longo de 29 quilómetros, sendo dois por cento do percurso em passadiços de madeira, foi hoje divulgado.
Segundo a proposta de traçado, hoje apresentada publicamente, a ecovia vai “abraçar” todas as freguesias que confinam com o rio Ave, desenvolvendo-se entre Serzedelo e a União de Freguesias de Arosa e Castelões.
Do total do percurso, 88 por cento será em galeria ripícola e sete por cento em estradas de valor patrimonial, destacando-se ainda 11 por cento junto a parques de lazer.
Noutro âmbito, 57 por cento da ecovia será de percurso novo e 47 por cento em terreno agrícola, enquanto três por cento será em açudes e pontes.
O presidente da Câmara, Domingos Bragança, afirmou que este é um projeto “de uma comunidade inteira”, que porá “a cidade a abraçar o rio”.
“A cidade está afastada do rio”, referiu o autarca, sublinhando que a ecovia acabará com esse “divórcio”.
Para Domingos Bragança, a ecovia representará ainda a recuperação e revitalização de muito “património abandonado”, como açudes e moinhos, além da valorização do património natural existente ao longo do rio Ave.
A ecovia poderá ter um “braço de ligação” à Citânia de Briteiros.
O traçado da ecovia foi desenhado pelo Laboratório da Paisagem e pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.
Paralelamente, o município está também a promover a inventariação e avaliação ambiental de obstáculos no rio Selho, naquele que constitui o primeiro passo para a construção de uma ecovia também naquele curso de água.
Outro projeto em curso em Guimarães é o estudo das perceções e hábitos ambientais no concelho, para ajudar os decisores políticos a tomarem “as melhores decisões”.
Para o presidente da Câmara, todos estes projetos querem contribuir para uma vivência “em harmonia com a natureza”, com respeito pela biodiversidade.