O Hospital de Braga vai abrir um inquérito à morte de uma jovem de 18 anos, com covid-19, que foi mandada para casa por uma médica, aconselhada apenas a tomar Ben-u-ron.
Mãe de Gabriela Quintas diz que o hospital a mandou para casa infetada e febre muito alta. Gabriela Quintas tinha uma doença grave rara.
O Hospital de Braga abriu um processo de inquérito para “apuramento de todos os factos” relacionados com a morte de uma jovem de 18 anos com covid-19, poucos dias após ter recebido alta.
Em comunicado enviado à Lusa, o hospital acrescenta que aguardará a conclusão do inquérito para se pronunciar.
Endereça, ainda, “sentidas condolências à família, por esta irreparável perda”.
Fonte ligada ao processo adiantou que a jovem, que sofria de várias patologias e tinha um elevado défice cognitivo, foi levada na passada sexta-feira pela mãe ao Hospital, onde foi vista por uma médica. Apesar de apresentar um quadro febril, foi aconselhada a voltar para casa e a regressar à unidade hospitalar se o estado de saúde piorasse.
Na última terça-feira, de madrugada, a adolescente piorou e teve uma paragem cardiorrespiratória. A mãe telefonou para o serviço Saúde 24 e disseram-lhe para chamar uma ambulância. Contactou, de imediato, os Bombeiros Voluntários da cidade, que não tinham meios para o transporte.
Face ao agravamento do estado de saúde da doente, ao final da manhã de quarta-feira, a família ligou ao INEM, que se deslocou à residência. Ainda assim, a jovem não resistiu, morrendo pouco tempo depois.
A jovem morreu na madrugada de terça-feira, três dias depois a ida ao hospital.