O incêndio que deflagrou, no domingo, no Hospital de S. João, no Porto, causou um morto e nove feridos. O responsável pelo incidente, que acendeu um cigarro para fumar, está em estado crítico.

O incêndio que, no domingo, provocou a morte de um paciente numa enfermaria de Pneumologia do Hospital de S. João – e que terá tido origem num cigarro que um outro doente decidiu fumar – causou ainda oito feridos, entre pacientes e funcionários. Quatro das vítimas, doentes que já estavam no hospital, sofreram queimaduras graves e as outras cinco, todas profissionais da unidade hospitalar, sofreram danos pulmonares (insuficiência cardíaca de alto débito), tendo necessitado de ser oxigenizados.

O responsável pelo fogo é um dos quatro queimados, encontrando-se em estado crítico. Segundo apurou o JN, o paciente, que sofre de doença terminal e é afetado por perturbações mentais, estaria sentado num cadeirão ao lado da cama, junto à parafernália de aparelhos médicos e de fornecimento de oxigénio quando decidiu acender o cigarro, por volta das 17.30 horas de domingo. Por descuido ou de forma acidental, pegou fogo à própria roupa e terá entrado em pânico.

À medida que deambulava desorientado pela enfermaria, onde se encontrava outro paciente, completamente incapacitado, o doente ia espalhando as chamas pela roupa da sua cama e da cama do lado, bem como noutros materiais inflamáveis do quarto, que rapidamente foi tomado pelas chamas. O colega de enfermaria, sem qualquer capacidade física de reação, nada pôde fazer para fugir às labaredas e acabou por morrer.

Na sequência do incêndio deu-se uma explosão, provavelmente com foco nos reservatórios de oxigénio, e gerou-se um intenso fumo que se terá propagado a outros andares do hospital, causando alguns momentos de pânico e tensão, dada a necessidade de salvaguardar doentes internados nas imediações do local do sinistro. Os doentes de Pneumologia foram transferidos para o serviço de Medicina Interna.

O caso está a ser investigado pela Polícia Judiciária.