Antes de um encontro com o presidente da Bielorrússia, o chefe de Estado da Rússia lembrou que as negociações tem desenvolvimentos diários. Já esta manhã enviou soldados e armas do Médio Oriente para a ofensiva militar na Ucrânia.
O presidente russo indicou esta sexta-feira a existência de avanços “positivos” nas negociações de paz entre as delegações da Rússia e da Ucrânia. Citado pela agência de notícias Interfax, Vladimir Putin – à entrada para uma reunião com o chefe de Estado da Bielorrússia, – explicou que as conversações aconteciam “praticamente numa base diária”.
“Houve alguns movimentos positivos aqui, disseram-me os nossos negociadores”, adiantou Putin, sem dar pormenores, mas com a imprensa internacional a especular que se possa estar a referir à hipótese avançada esta semana pelo presidente ucraniano de que a Ucrânia possa aceitar ser um estado neutro, deixando cair a intenção da adesão à NATO.
Ainda assim, Volodymyr Zelenskiy assegurou que a Ucrânia não está disposta a ceder nenhuma parte do seu território, nem a abdicar da aquisão do estatuto de membro de União Europeia. Precisaria também de um cessar-fogo imediato, com garantias de segurança dadas pelos parceiros internacionais.
Por sua vez, Vladimir Putin reclama, para além do estatuto de neutralidade, o reconhecimento de que a Crimeia pertence à Rússia, a independência dos territórios separatistas de Donetsk e Lugansk, e o que chama de “desmilitarização” e “desnazificação” da Ucrânia.
Esta quinta-feira, os ministros dos Negócios Estrangeiros da Rússia e da Ucrânia reuniram-se por 90 minutos na Turquia para uma ronda de conversações que acabaria por terminar sem quaisquer avanços.
Já esta manhã, o presidente russo adiantou que Moscovo enviaria milhares de soldados e armas do Médio Oriente para ajudar na ofensiva contra a Ucrânia. “Precisamos de os ajudar a chegar à zona de guerra”, terá informado Putin aos membros do seu Conselho de Segurança por videochamada, indica a Bloomberg.