O Sporting de Braga venceu este sábado o Famalicão por 4-1, com um bis do reforço Bruma, num jogo da 19.ª jornada da I Liga de futebol em que os bracarenses tiveram uma grande ponta final.
Depois da goleada sofrida quarta-feira em Alvalade, diante do Sporting (5-0), o onze de Artur Jorge voltou às vitórias com golos de Mihaj (22 minutos, na própria baliza), Banza (79) e Bruma (90+1 e 90+3), de nada valendo o golo de Sanca, que chegou a dar o empate ao Famalicão (71).
O Famalicão, que vinha do melhor período da época, com três triunfos nas últimas cinco rondas, deu luta, mas não foi suficientemente incisivo a atacar.
O jogo foi equilibrado e o resultado só se avolumou no período de descontos, com Bruma, em estreia absoluta, a desequilibrar em jogadas individuais.
O Sporting de Braga regressou ao 4x4x2, mas ainda sem Ricardo Horta, que não recuperou de lesão, e a equipa entrou melhor no jogo, ainda que a primeira grande ocasião tenha pertencido ao Famalicão, com Jhonder a definir mal em excelente posição.
O primeiro golo surgiu aos 22 minutos: cruzamento de Victor Gómez da direita e Mihaj, ao tentar intercetá-lo, a introduzir a bola na própria baliza.
O jogo era de toada ‘morna’, com raros motivos de interesse, mas com sinal mais dos bracarenses.
No início da segunda parte, o Famalicão mostrou vontade de chegar ao empate, mas com exceção de uma investida de Dobre pela esquerda, não conseguia criar real perigo.
Artur Jorge lançou dois reforços de inverno – Pizzi e Bruma – à passagem da hora de jogo e João Pedro Sousa respondeu 10 minutos depois com uma tripla substituição, com Gustavo Assunção, Pablo e Sanca. e foi mais feliz com o empate a chegar instantes depois através de um jogador que fez entrar.
Penetra cruzou da direita, Paulo Oliveira cortou defeituosamente e Sanca, ao segundo poste, fez o golo dos famalicenses (71 minutos).
O Sporting de Braga teve uma boa reação e colocou-se de novo na frente após uma bela jogada coletiva, com destaque para a combinação entre Victor Gomes e Pizzi e assistência do lateral espanhol para Banza encostar (79 minutos).
O terceiro e o quarto golos, ambos por Bruma, chegaram já nos descontos: primeiro no ‘coração’ da área, o extremo concluiu mais um bom envolvimento atacante dos ‘arsenalistas’, com Pizzi de novo na jogada, e o segundo, após jogada individual, com ‘colaboração’ infeliz do guardião Luiz Júnior.
Declarações de Artur Jorge, treinador do Sp. Braga, na sala de imprensa do Estádio Municipal de Braga, após a vitória (4-1) frente ao Famalicão:
«Foi um jogo difícil, frente a um adversário muito competente, em que tivemos de trabalhar bastante para conseguir o que queríamos. Aceito que com números exagerados, mas acabámos por vencer bem num jogo em que fizemos bem a gestão do jogo, sem grande intensidade, mas ganhámos muito bem. Ganhar era o mais importante, porque precisamos de voltar a ganhar, a somar três pontos nesta nossa caminhada. O momento do jogo, que nos despertou, foi o golo do Famalicão, estávamos a vencer e quando nada o fazia prever a equipa procurou acelerar. Fizemos um bom jogo e ganhámos justamente».
[Ricardo Horta joga quinta-feira?] «Não vou esconder, o Ricardo ainda agora acabou de treinar com os que foram menos utilizados, trabalharam em conjunto».
[Pizzi disse na flash que queria ganhar o Benfica na Taça de Portugal. O Braga foi a única a equipa em Portugal a ganhar ao Benfica, o que se pode esperar…] «É isso que quero, jogadores com vontade de ganhar, interdependente do adversário e contra quem seja».
Declarações de João Pedro Sousa, treinador do Famalicão, na sala de imprensa do Estádio Municipal de Braga, após a derrota (4-1) frente ao Sp. Braga:
«O jogo foi difícil para nós, como prevíamos. Não conseguimos, na primeira parte, controlar defensivamente como queríamos, daí termos dificuldades no nosso ataque posicional. Fomos construindo, mas com pouco perigo. Isso permitiu ao Braga chegar algumas vezes ao último terço, acabando por marcar. Na segunda parte fomos ganhando algumas bolas em zonas ligeiramente mais subidas.
Sentimos aí que criámos alguma intranquilidade no Braga, fizemos as substituições para jogar mais subidos, depois do golo ainda tivemos uma situação e, pelo facto de termos muita gente na frente, tivemos problemas defensivos. O 2-1 é uma situação em que não fomos competentes a fechar o corredor. Tínhamos de ser mais fortes nesse momento. Depois do 2-1 quisemos ir à procura do empate, tínhamos pouco tempo, partimos o jogo ao ficar com três pontas de lança, mas ao esticar o jogo ficámos em dificuldades com a capacidade coletiva e individual do Braga. Claudicámos e sofremos os golos na parte final, com números injustos, mas uma vitória justa do Braga».