Portugal reduziu, entre 2011 e 2021, a sua dependência energética do exterior de 79,4% para 67,1%, mais perto da meta nacional de 65% em 2030, adiantou hoje a Adene – Agência para a Energia, num comunicado.

A edição de 2023 do “Energia em Números”, realizada pelo Observatório da Energia da Adene e pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), mostra que “Portugal está energeticamente menos dependente do exterior”.

Assim, em 2011 o país “apresentava uma dependência energética de 79,4% e em 2021 esse valor situou-se nos 67,1%, sendo um dos principais objetivos da política energética nacional a redução dessa dependência para 65% em 2030, conforme estabelecido no Plano Nacional de Energia e Clima (PNEC)”, disse a organização.

A Adene destacou que “o contributo do solar fotovoltaico tem sido impressionante”, indicando que em 2022, “a potência instalada desta fonte renovável atingiu 2.562 MW [megawatts], mais 51% face a 2021” e um valor “quase 11 vezes superior à potência instalada” que existia há uma década.

Este estudo mostrou ainda que de 2012 a 2022, “a potência instalada para produção de energia elétrica cresceu cerca de 13,7%”, sendo que “no mesmo período, a potência instalada das centrais de produção de eletricidade a partir de fontes renováveis aumentou 56,1% e a potência instalada das centrais de produção de eletricidade a partir de fontes não renováveis diminuiu 36,3%”.

Segundo a edição deste ano do “Energia em Números” em 2022, o saldo importador de produtos energéticos foi de 11.831 milhões de euros “o que, face a 2021, representou um aumento de 124,2%”.

A Adene revelou ainda que “o setor dos transportes continua a ser o principal consumidor de energia, representando, em 2021, 34,1% do consumo total de energia final”, sendo que “no ano anterior representava 32,8% e em 2011, 36,7%”.