De acordo com um documento de isenção de responsabilidade, o submarino Titan completou com sucesso “apenas 13 mergulhos” de um total de 90 no famoso local do Oceano Atlântico Norte.

O submersível Titan, da OceanGate, que implodiu no mês passado enquanto se dirigia para o fundo do Oceano Atlântico para ver o Titanic, só atingiu a profundidade de 760 metros do famoso naufrágio em 14 por cento das tentativas.

A preocupante taxa de sucesso consta num documento de isenção de responsabilidade, de quatro páginas, que é citado pelo Insider. Este terá sido assinado pelos quatro passageiros que morreram a bordo do submarino junto com o CEO da OceanGate, Stockton Rush.

O documento descreveu o submersível de turismo como “experimental” em três ocasiões e refere que este completou com sucesso “apenas 13 mergulhos” de um total de 90 no local do Oceano Atlântico Norte – onde decorreu a tragédia. 

O documento também menciona “morte” três vezes na primeira página e alerta que os passageiros poderiam estar sujeitos a “pressão extrema”, condições “imprevisíveis”, sistemas elétricos de alta tensão e gás de alta pressão.

Segundo o Insider, a OceanGate afirmava, no seu site, entretanto indisponível, que completou mais de 14 expedições e 200 mergulhos no Atlântico, Pacífico e Golfo do México usando dois submarinos, com o primeiro a alcançar com sucesso o Titanic, em 2021.

De recordar que a confirmação da morte dos cinco passageiros a bordo do submarino chegou a 22 de junho, após a embarcação ter sofrido uma “implosão catastrófica”. Para além da dupla Dawood, pai e filho, também seguiam a bordo o empresário e explorador Hamish Harding, o CEO da OceanGate, Stockton Rush, e o especialista no Titanic Paul-Henri Nargeolet.

O Titan realizou, no passado, várias viagens de índole turística aos destroços do Titanic, que se afundou no oceano Atlântico, em 1912. Desapareceu, no entanto, em junho deste ano, acabando as equipas de socorro por descobrir, após vários dias de operação de resgate, que a viagem acabou em tragédia.

Recorde-se que a Guarda Costeira dos Estados Unidos continua a investigar o caso, de forma a apurar o que é que correu mal nesta expedição.