O presidente da Câmara de Viana do Castelo anunciou hoje a anulação do concurso público internacional para a concessão de transporte de passageiros no Alto Minho, citando a falta de resposta da empresa concorrente a questões técnicas levantadas pelo júri.
Em março, a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho, que engloba os 10 municípios do distrito de Viana do Castelo, abriu um concurso público internacional para o serviço público de transporte de passageiros, com um valor base de mais de 21,6 milhões de euros, para um período de quatro anos.
O vereador do PSD Eduardo Teixeira questionou o conselheiro socialista Luís Nobre, que confirmou a anulação do procedimento. Eduardo Teixeira acrescentou que “em breve será lançado um novo concurso”, sem especificar um cronograma.
Após a reunião da câmara, Luís Nobre informou aos jornalistas que tomou conhecimento da anulação na segunda-feira, durante a reunião da CIM do Alto Minho e expressou preocupação com o possível atraso que essa situação poderia causar.
“Este atraso cria dificuldades para as pessoas. Existem necessidades reais no município e no distrito que precisam ser resolvidas rapidamente. Este concurso visava fornecer soluções de transporte para áreas que atualmente carecem delas, como parques industriais”, enfatizou.
O autarca explicou que as “questões técnicas” que levaram à anulação do concurso público internacional estavam relacionadas com o “número de autocarros” que a empresa espanhola concorrente estava oferecendo para garantir o transporte diário de passageiros e as condições desses veículos.
“Foram feitas perguntas ao operador em questão. Eles não forneceram esclarecimentos no prazo definido”, afirmou.
Luís Nobre indicou que todos os presidentes de câmara da região estão empenhados em resolver a situação e fazer avançar o processo o mais rápido possível.
“Os elementos procedimentais estão estabilizados. Não faremos alterações. Vamos iniciar um novo procedimento e determinar se haverá concorrentes ou não”, disse ele.
Para Viana do Castelo, o esforço financeiro totaliza três milhões de euros, com o objetivo de melhorar significativamente os serviços de transporte público.